A pressão da União Europeia sobre as marcas chinesas continua alta no velho continente e a única saída para os fabricantes do gigante asiático é produzir localmente, um caminho parecido com o que está acontecendo no Brasil.

Por lá, a Xpeng decidiu que o melhor é construir uma planta de produção em algum dos países do bloco, de modo a evitar a sobretaxa de até 36% para carros elétricos no continente.

A Xpeng está à procura de uma fábrica na Europa, tornando-se o mais recente fabricante chinês de veículos elétricos a tentar mitigar o impacto das tarifas de importação através da construção de uma fábrica.

Parceiro chinês do Grupo Volkswagen, a Xpeng está nos estágios iniciais de escolha de um local na União Europeia como parte de seu plano futuro de localização da produção, segundo o CEO He Xiaopeng em entrevista à Bloomberg.

A empresa planeja construir em uma das áreas com riscos de trabalho relativamente baixos, o que significa ter um elevado nível de automação.

Ao estabelecer uma unidade de produção na Europa, a Xpeng juntar-se-ia aos fabricantes chineses de veículos eléctricos, como BYD, Chery e Geely, que planejam construir fábricas por lá.

No mercado interno chinês, a Xpeng não está na posição ideal, porque as vendas estão estagnadas, os preços dos veículos estão caindo devido à guerra de preços…

Desde o início de janeiro deste ano, os preços das ações da empresa caíram pela metade e a montadora entregou cerca de 50 mil veículos no primeiro semestre, cerca de um quinto das vendas mensais da BYD.

Atualmente, o ponto positivo da Xpeng é a parceria com a VW, a gigante alemã comprou uma participação minoritária na Xpeng. Centenas de funcionários da montadora alemã trabalham agora em sua sede em Guangzhou.

Isso poderá permitir que a Xpeng tenha uma boa expansão para fora da China, usando a estrutura da Volkswagen. Países como Brasil, México, Argentina e África do Sul, por exemplo, poderiam servir de suporte para isso com as plantas locais da VW.