A BYD está oficialmente considerando uma fábrica no México para atingir o mercado norte-americano, mas os passos estão sendo bem calculados, já que dois fatores podem complicar para a empresa e acarretar implicações políticas.

Segundo o jornal japonês Nikkei, citando um representante da BYD, a montadora chinesa está considerando mesmo a construção de uma planta no México visando atingir o mercado americano, graças ao acordo atual pós-Nafta.

Zhou Zou, gerente nacional da BYD México, revelou que a produção internacional é indispensável para o crescimento da montadora e o país latino é um mercado-alvo para a empresa.

Para a BYD, o mercado internacional representa apenas 8% de suas vendas totais, praticamente concentradas no mercado chinês, então, a marca tem enorme potencial de crescimento fora do país asiático.

Diante disso, países como Brasil, Hungria e México se tornam países importantes para ampliar o alcance da marca e manter sua liderança diante da Tesla. Atuando na terra dos Astecas, ela conseguiria também atingir o mercado local e latino.

Zhou Zou não revelou onde a fábrica poderá ser erguida, mas os estados de Nuevo León e Bajio são os candidatos mais fortes, mas a montadora pode escolher outros locais, inclusive a Península de Yucatán.

Para a BYD, fabricar no México é vital para atuar nos states, uma vez que os custos trabalhistas nos EUA aumentaram muito e se tornou inviável fazer qualquer coisa lá, deixando o país-latino como único recurso.

Mesmo assim, em Washington, já se fala do perigo da BYD e outras montadoras chinesas se instalarem no México, pois seus preços menores colocarão as montadoras americanas em situação ruim.

Mas, para a BYD, a situação ainda não é boa e novembro de 2024 será fundamental para saber se valerá a pena ou não fabricar no México, visto que se o ex-presidente Donald Trump for eleito novamente, os carros elétricos de modo geral terão problemas nos EUA.

[Fonte: Nikkei]