Em uma convenção de concessionários da BYD, Stella Li, CEO da marca para as Américas e Europa, teria revelado os planos da montadora chinesa para dois produtos importantes que hoje só existem como carros elétricos.

Segundo a revista Autoesporte, a BYD anunciou o desenvolvimento de variante híbrida flex para seus modelos Dolphin e Yuan Pro, que hoje são vendidos apenas em versão elétrica com preços entre R$ 150 mil e R$ 180 mil.

Os dois modelos serão introduzidos somente em 2026 e com produção nacional, já que ambos atualmente não existem, sendo possivelmente o primeiro projeto de produto exclusivo anunciado (internamente), relacionado com o mercado brasileiro.

Embora sejam feitos sobre a plataforma e-Platform 3.0 da BYD, desenvolvida para elétricos, tanto Dolphin quanto Yuan Pro possuem cofres capazes de acomodar um motor pequeno, assim como sua transmissão.

Com a bateria Blade sob o assoalho, eles assumem bem seu projeto de carro elétrico, mas a BYD inserirá um tanque de combustível padrão no espaço agora ocupado por células de combustível, assim como uma célula menor, com 8,3 kWh e/ou 18,8 kWh.

Já o motor 1.5 litros de aspiração natural é a bola da vez, já que a BYD não tem projeto conhecido de motor menor que este, sendo o mesmo atualmente com 98 cavalos e 12,3 kgfm.

No caso do motor elétrico, este pode ser o mesmo dos modelos King e Song Pro para reduzir os custos de produção e desenvolvimento. Com produção nacional em Camaçari, os Dolphin DM-i Flex e Yuan Pro DM-i Flex pretendem ampliar enormemente o alcance dos produtos atuais.

O Dolphin surgiu como um sucessor para o Honda Fit, com características semelhantes às do monovolume japonês, que saiu de linha há alguns anos, fazendo enorme sucesso.

Já o Yuan Pro está em seus primeiros passos aqui, mas seu valor alto ainda o impede de ser um rival direto de players do segmento de SUVs compactos.