A Volkswagen está processando o governo indiano por conta de uma multa de US$ 1,4 bilhão, relacionada com tarifas de importação de peças que a montadora importou irregularmente, segundo Nova Déli.
O governo da Índia diz que a Volkswagen usou uma estratégia para dividir as importações de alguns carros das marcas VW, Skoda e Audi em muitas partes individuais para pagar uma taxa menor.
A Índia diz que a Volkswagen importou “quase todo” um carro desmontado para evitar tarifas de 30% e 35%, pagando assim por “peças individuais” entre 5% e 15%.
Segundo a Reuters, a VW teria informado o governo indiano sobre a “importação peça por peça”, com Nova Déli apoiando a iniciativa da montadora em 2011.
A VW informou que a notificação fiscal está “em total contradição com a posição mantida pelo governo… (e) coloca em risco o próprio fundamento da fé e confiança que os investidores estrangeiros gostariam de ter nas ações e garantias”.
O Ministério das Finanças da Índia não comentou o assunto e a Volkswagen disse estar usando todos os recursos legais enquanto coopera com as autoridades.
A montadora alemã continua comprometida em garantir “total conformidade” com todas as leis globais e locais.
Pequena na Índia, em relação às fabricantes locais, num mercado de 4 milhões de carros anualmente, a Volkswagen pode ter que pagar US$ 2,8 bilhões se perder a disputa com o governo, segundo uma autoridade sob anonimato.
No último ano, a VW teve lucro operacional de US$ 2,19 bilhões e lucro líquido de US$ 11 milhões, com um portfólio enxuto e voltado para o segmento de entrada e médio.
Atualmente lutando contra os custos na Europa, a situação da Índia preocupa a Volkswagen, uma vez que acabou de lançar um SUV subcompacto de 4 m da Skoda e com um irmão VW no horizonte.
Protegida contra a invasão de carros chineses, com exceção da SAIC disfarçada de MG, a Índia se tornou uma das alternativas para montadoras da Europa.
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