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A Volvo Cars alertou nesta quinta-feira que 2025 será um ano turbulento e altamente competitivo, no qual a montadora pode ter dificuldades para repetir seu desempenho de vendas e lucratividade de 2024.
O anúncio fez com que as ações da empresa caíssem 9,2 por cento.
“Vamos enfrentar mais turbulência”, disse o CEO da Volvo, Jim Rowan, à Reuters após a divulgação de um lucro menor no quarto trimestre.
Vamos ver uma competição ainda mais acirrada, a China continuará extremamente competitiva e também veremos mais concorrência na Europa.
A Volvo, que tem a maioria de suas ações controladas pela chinesa Geely, enfrenta desafios semelhantes aos de outras grandes montadoras.
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O mercado europeu está enfraquecido, a concorrência na China se intensificou com uma guerra de preços no setor de veículos elétricos que já dura mais de dois anos, e a demanda por EVs na Europa e nos Estados Unidos tem sido menor do que o esperado.
Outro fator de preocupação para a Volvo são as tarifas impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia sobre veículos elétricos fabricados na China.
Embora a empresa esteja transferindo parte da produção para fora do país asiático, no curto prazo ainda precisará lidar com essas barreiras comerciais.
Com o ex-presidente Donald Trump ameaçando novas tarifas contra a Europa, Rowan afirmou em uma teleconferência com analistas que a Volvo tem flexibilidade para aumentar a produção em sua fábrica de Charleston, na Carolina do Sul, caso seja necessário.
A montadora não espera que a demanda por automóveis cresça no mesmo ritmo dos anos anteriores.
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Além disso, o aumento da concorrência deve levar a cortes de preços em todo o setor, o que tornará difícil alcançar os volumes e a lucratividade obtidos em 2024, disse Rowan em comunicado.
O analista Harry Martin, da Bernstein, afirmou em nota que as previsões da Volvo indicam um desempenho anual abaixo do esperado pelo mercado. Já Hampus Engellau, analista do Handelsbanken, classificou o resultado do quarto trimestre como “fraco”.
A Volvo não forneceu uma previsão completa para as vendas no varejo em 2025. Em 2024, as vendas cresceram 8 por cento, alinhadas com a revisão feita pela empresa após reduzir sua projeção original de 12 a 15 por cento.
Em setembro, a Volvo recuou em seus planos de eletrificação e anunciou que continuará vendendo novos modelos híbridos por mais tempo do que o previsto inicialmente. A montadora reafirmou sua meta reduzida para 2026, que inclui uma margem de lucro de 7 a 8 por cento.
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No quarto trimestre de 2024, a Volvo registrou um lucro operacional de 3,9 bilhões de coroas suecas (equivalente a 357 milhões de dólares), abaixo dos 5,4 bilhões do mesmo período do ano anterior.
O resultado inclui uma perda contábil de 1,7 bilhão de coroas relacionada à joint venture de baterias Novo Energy.
Excluindo joint ventures e empresas associadas, o lucro operacional foi de 6,3 bilhões de coroas, uma queda em relação aos 6,7 bilhões do ano anterior, mas acima da expectativa de 5,8 bilhões prevista pelos analistas.
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