Volkswagen deve voltar a atuar com produção de veículos militares; situação da Europa diante da Rússia reacende o rearmamento do continente

volkswagen iltis militar 1
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A Volkswagen está considerando expandir sua atuação para o setor de defesa, em resposta ao aumento dos gastos militares na Europa.

Com a invasão da Ucrânia pela Rússia, os investimentos globais em defesa atingiram US$ 2,46 trilhões em 2024, representando um aumento de 7,4%.

Na Europa , houve um crescimento nominal de 50% nas despesas de defesa na última década, com a Alemanha assumindo a liderança ao registrar o maior orçamento de defesa do continente e o segundo maior da OTAN, atrás somente dos Estados Unidos.

Nesse contexto, a Rheinmetall, principal contratante de armas da Alemanha, está avaliando a possibilidade de assumir fábricas ociosas da Volkswagen, como a planta de Osnabrück, para ampliar sua capacidade de produção de tanques.

A decisão da Volkswagen de reduzir pela metade sua capacidade de produção no país, devido à desaceleração nas vendas de automóveis na Europa, resultou na ociosidade de algumas de suas instalações.

Armin Papperger, CEO da Rheinmetall, destacou para a Bloomberg que a fábrica de Osnabrück seria adequada para as operações da empresa, mas qualquer decisão de adquirir essas instalações dependeria da obtenção de mais pedidos de tanques.

A Rheinmetall tem se beneficiado do aumento dos gastos europeus com defesa, registrando pedidos e lucros recordes, e planeja expandir significativamente, potencialmente adicionando 8.000 funcionários globalmente.

volkswagen iltis militar 2
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Essa movimentação reflete uma tendência mais ampla de rearmamento na Europa, impulsionada por mudanças nas relações transatlânticas e nas prioridades de defesa.

Com a pressão para os aliados europeus assumirem uma parcela maior de sua própria defesa, a Alemanha aumentou significativamente seu orçamento de defesa, ultrapassando o Reino Unido e se tornando a nação com maior investimento em defesa na Europa.

A potencial colaboração entre a Volkswagen e a Rheinmetall exemplifica como empresas civis podem contribuir para a indústria de defesa, aproveitando instalações existentes para atender à crescente demanda por equipamentos militares.

Essa estratégia não somente otimiza recursos, mas também fortalece a base industrial de defesa da Europa em um momento de crescente tensão geopolítica.

À medida que a Europa busca reforçar suas capacidades defensivas, a adaptação de infraestruturas industriais existentes, como as fábricas da Volkswagen, pode desempenhar um papel crucial na rápida expansão da produção de equipamentos militares essenciais.

Essa abordagem integrada entre setores civis e militares destaca a importância de uma resposta coordenada às crescentes necessidades de segurança no continente.


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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X