A agressiva política comercial do governo de Donald Trump já está fazendo efeito sobre alguns fabricantes de veículos, temerosos em bater nos 25% do escudo tarifário prometido pela Casa Branca.
Uma dessas montadoras é a Volkswagen, que pela primeira vez considera a produção de carros da Audi e da Porsche em território americano.
Como se sabe, a “América” contribuiu enormemente na história da VW e também de suas duas marcas famosas, com o Audi 5000 desejado por americanos ricos em sua época, e o 356 Speedster também associado com o país.
Só que agora Trump — que foi o primeiro americano a dirigir o Audi R8 em seu país — torce o nariz para a classe rica dos EUA, que continuam comprando carros de luxo alemães não feitos nos states.
Com promessas que vão de 25% a 300%, a depender de cada discurso, Trump quer barrar a entrada de carros de luxo estrangeiros, buscando que a indústria os fabrique no CONUS.
Diante disso, a Volkswagen – que já disse temer por 65% de seus carros feitos no México e vendidos nos EUA – está considerando expandir a fábrica de Chattanooga para fazer carros da Audi e Porsche.
A planta do Tennessee, segundo o jornal alemão Handelsblatt, serviria à proposta da Volkswagen de produzir carros de luxo para o mercado americano e estes veículos seriam elétricos.
Atualmente, a Audi produz o Q5 no México, sendo a planta das quatro argolas mais próxima dos states. Se realmente a Audi partir para um modelo elétrico, esta pode ser a salvação do Q8 e-tron belga.
Todavia, outra política de Trump é desincentivar a compra de carros elétricos com a retirada do bônus federal de US$ 7.500, porém, no mercado de luxo, isso pouco importa para quem tem grana para torrar.
Modelos como a próxima geração do Cayenne e mesmo do Macan poderiam ser feitos em Chattanooga, ao lado de equivalentes da Audi usando a mesma base PPE.
Apenas para recordar, essa planta da VW é historicamente a segunda da alemã no país, sendo que ela teve uma fábrica nos anos 80 no condado de Westmoreland, em Pittsburgh, Pensilvânia.
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