Se você já foi parado por um policial enquanto dirigia, lá nos Estados Unidos, talvez tenha notado um gesto peculiar: o oficial toca na lanterna traseira do veículo antes de chegar à sua janela.
Esse hábito pode parecer aleatório, mas na verdade tem raízes históricas e, surpreendentemente, ainda persiste nos dias atuais – mesmo que as razões tenham mudado bastante ao longo do tempo.
Originalmente, esse gesto tinha uma função prática e até razoável. Antigamente, os policiais tocavam a lanterna traseira para deixar suas impressões digitais no veículo.
Isso servia como uma prova de que o policial esteve presente no local, caso algo desse errado durante a abordagem.
Segundo especialistas como Nick Fresolone, ex-instrutor da Academia de Polícia Estadual de Nova Jersey, o toque na lanterna servia como uma espécie de “assinatura” no veículo, permitindo que investigadores identificassem o carro parado em caso de incidentes.
No entanto, a tecnologia mudou o jogo. Hoje, câmeras corporais e de painel são amplamente utilizadas, registrando toda a interação com o motorista, incluindo a placa do carro e o comportamento do condutor.
Isso diminuiu significativamente a dependência de métodos como a impressão digital na lanterna traseira. Além disso, estudos revelaram que as análises de impressões digitais não são tão confiáveis quanto se acreditava, o que torna o método ainda menos relevante.
Mas, então, por que o gesto ainda persiste?
A resposta está ligada a outro fator: o elemento surpresa. De acordo com fontes como o The Law Dictionary, o toque na lanterna traseira é usado para assustar ou surpreender o motorista.
O som repentino pode interromper qualquer tentativa de esconder objetos ilegais, como armas ou drogas, dando ao policial uma vantagem ao se aproximar do carro.
Há também outra explicação curiosa para o hábito. Em algumas situações, o policial toca na parte traseira para verificar se o porta-malas está devidamente fechado, garantindo que ninguém esteja escondido lá dentro.
Embora pareça algo saído de um filme de ação, essa prática é uma medida de segurança em casos em que o oficial suspeita de perigo. Quando isso acontece, normalmente um segundo policial acompanha a abordagem para monitorar a situação.
No fundo, o gesto reflete o medo e a precaução que acompanham o trabalho policial. Embora seja uma profissão arriscada, o hábito de tocar na lanterna traseira também funciona como uma forma de aumentar a ansiedade do motorista, mesmo que ele não esteja escondendo nada.
Seja por motivos históricos ou psicológicos, esse pequeno gesto continua a ser uma curiosidade nas abordagens de trânsito, trazendo consigo tanto uma dose de tradição quanto uma pitada de tensão.
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