A BYD, líder em veículos elétricos no seu país, está consolidando sua posição como uma das maiores fabricantes de automóveis do mundo.
Em 2024, a empresa está não apenas ultrapassando sua meta anual de vendas, mas também deixando para trás gigantes tradicionais como Ford e Honda, impulsionada pelo crescimento recorde no maior mercado automotivo global.
Nos primeiros 11 meses do ano, a BYD entregou 3,76 milhões de veículos, incluindo mais de 506 mil unidades em novembro.
Com o desempenho robusto em dezembro, a marca deve superar sua meta de 4 milhões de unidades vendidas em 2024, ultrapassando com folga rivais como Honda e Ford.
Graças a uma linha de veículos competitiva, com destaque para a tecnologia híbrida plug-in, e ao programa de subsídios do governo chinês para troca de automóveis, a BYD ganhou significativa fatia de mercado.
Só em novembro, as vendas de carros na China cresceram em ritmo recorde, com mais de 4 milhões de unidades subsidiadas comercializadas desde o início do ano.
Com isso, a participação da BYD no mercado chinês saltou de 12,5% em 2023 para 17,1% este ano, solidificando sua liderança frente a competidores locais e estrangeiros, como o Grupo Volkswagen, que viu sua fatia de mercado cair de 14,2% para 11%.
Para sustentar esse crescimento explosivo, a BYD expandiu sua capacidade produtiva adicionando cerca de 200 mil veículos ao volume mensal entre agosto e outubro.
A empresa também contratou aproximadamente 200 mil novos funcionários, elevando sua força de trabalho para quase 1 milhão de pessoas, contra 703.500 no final de 2023.
Além de escalar a produção, a BYD intensificou a pressão sobre seus fornecedores, exigindo cortes nos preços para manter os custos sob controle.
Essa estratégia, aliada a sua crescente escala, ajudou a empresa a vencer a guerra de preços no mercado chinês, um desafio que forçou montadoras estrangeiras a reavaliar suas operações.
Enquanto a BYD avança, outras montadoras sofrem: a General Motors, por exemplo, anunciou prejuízos de mais de US$ 5 bilhões em sua operação na China devido à reestruturação e queda no valor de suas joint ventures.
Se o atual ritmo de vendas se mantiver, a BYD poderá ultrapassar a marca de 6 milhões de unidades anuais em 2025, colocando-a no mesmo patamar de grupos automotivos como General Motors e Stellantis.
Analistas da Citi projetam que a montadora chinesa entregará entre 5 milhões e 6 milhões de veículos já no próximo ano.
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