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A Ferrari está planejando impor restrições mais rígidas sobre pedidos de personalização extravagantes feitos por seus clientes super-ricos.
A montadora de luxo estuda limitar as opções de cores para evitar combinações consideradas espalhafatosas, que poderiam comprometer a identidade da marca e seu prestígio.
O CEO da Ferrari, Benedetto Vigna, em entrevista ao Telegraph, afirmou que a empresa tem discutido internamente a possibilidade de pré-definir as combinações de cores disponíveis para os clientes.
Segundo ele, a Ferrari precisa proteger seus valores e identidade, garantindo que nenhum carro saia da fábrica com um visual considerado estranho.
Vigna também destacou que a aceitação de sugestões da montadora varia de acordo com o mercado.
Em algumas partes do mundo, os clientes preferem seguir um catálogo mais fechado de opções, enquanto em outros lugares há uma maior demanda por liberdade total de personalização.
No passado, quase todos os carros novos da Ferrari saíam da fábrica na icônica cor rosso corsa, um tom característico de vermelho. Hoje, apenas cerca de 40 por cento dos clientes escolhem essa cor.
Ao mesmo tempo, pedidos por esquemas de cores extravagantes estão se tornando cada vez mais comuns. No entanto, a empresa mantém uma política rígida sobre algumas escolhas e continua recusando pintar seus carros de rosa.
Além de limitar opções de personalização diretamente na fábrica, a Ferrari também monitora os carros após a venda. Clientes que fazem modificações excessivas podem ser proibidos de comprar novos modelos da marca.
O DJ e produtor musical Deadmau5, por exemplo, recebeu uma notificação legal da Ferrari após adesivar seu 458 Italia com uma imagem do Nyan Cat, um gato de desenho animado, voando pelo espaço com um arco-íris.
A preocupação da Ferrari vai além da imagem da marca e se estende ao valor de revenda dos veículos.
Muitas das personalizações mais ousadas podem reduzir a demanda pelos carros quando os proprietários decidem vendê-los, já que combinações muito específicas nem sempre são bem aceitas pelos compradores seguintes.
Vigna comparou o problema à dificuldade de revender uma camisa de futebol personalizada com o nome de outra pessoa.
Apesar da necessidade de manter o controle sobre a personalização dos veículos, a Ferrari também reconhece a importância desse segmento para seus negócios.
A customização dos carros representou cerca de um quinto da receita da empresa no último ano, ajudando a impulsionar os lucros em 21 por cento, mesmo sem um aumento significativo no número de unidades vendidas.
Enquanto isso, a Ferrari continua expandindo sua linha de eletrificados. Pela primeira vez, modelos híbridos representaram mais da metade das vendas da marca.
No entanto, preocupações com a durabilidade das baterias levaram a empresa a introduzir um novo sistema de garantia para proteger os valores de revenda no mercado de segunda mão.
A montadora italiana também se prepara para lançar seu primeiro carro totalmente elétrico em outubro deste ano, um marco importante em sua história.
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