
A Toyota está cautelosa em relação à viabilidade de um minicarro elétrico acessível na Europa, enquanto seus concorrentes avançam com modelos abaixo de €20.000.
Marcas como Volkswagen, Renault, Dacia e Citroën já anunciaram veículos elétricos compactos dentro dessa faixa de preço, mas a Toyota acredita que os altos custos das baterias ainda tornam esse segmento pouco lucrativo.
Yoshihiro Nakata, CEO da Toyota Europa, afirmou que produzir um BEV nessa categoria com fabricação local pode não ser financeiramente viável no momento.
Enquanto isso, rivais como a Volkswagen planejam lançar o ID1 em 2027, apesar das dificuldades para obter margens de lucro positivas.

O Grupo VW admite que o ID1 será um desafio financeiro, mas vê o modelo como uma forma de atrair novos clientes e reduzir a pressão sobre os preços de EVs maiores, como o ID2, previsto para 2025.
Atualmente, os únicos EVs disponíveis na Europa por menos de €20.000 são importados da China: o Leapmotor T03 e o Dacia Spring.
No entanto, alternativas fabricadas no continente estão a caminho.
A Citroën prometeu uma versão acessível do novo C3 elétrico, produzido na Eslováquia, enquanto Renault e Dacia lançarão novos modelos no segmento a partir de 2026.

A Volkswagen, por sua vez, fabricará o ID1 em sua planta em Portugal. Além disso, a chinesa BYD pretende vender uma variante do Seagull elétrico na Europa por um valor “bem abaixo” dos €20.000.
Apesar de manter sua posição no segmento de minicars, a Toyota prefere adotar uma abordagem de espera e observação.
Matthew Harrison, diretor de operações da Toyota Europa, reconhece que os minicarros são o segmento mais difícil de eletrificar devido à necessidade de acessibilidade e custo reduzido para os consumidores.
Segundo ele, a marca acompanhará os lançamentos dos concorrentes e avaliará os preços e condições de financiamento antes de tomar uma decisão.
Enquanto isso, a Toyota aposta em uma versão híbrida do Aygo X, modelo que registrou crescimento de 50% nas vendas em 2024 e se tornou um dos líderes da categoria.
Apesar do avanço dos elétricos, a marca japonesa continua priorizando híbridos como solução de transição, especialmente em segmentos onde a eletrificação total ainda não é tão viável economicamente.

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