
A BYD está ampliando sua participação na Europa e, segundo projeções da S&P Global Mobility, a fabricante chinesa deve dobrar suas vendas este ano em relação a 2024, saltando de 83.000 para 186.000 unidades em 2025, com a expectativa de alcançar 400.000 veículos até 2029.
Para isso, a empresa prepara sua terceira fábrica na região, onde já tem presença confirmada na Hungria e Turquia, segundo o site FCE.
No primeiro, os BYD Atto 3 e Dolphin serão produzidos no continente a partir de outubro de 2025, enquanto a fábrica na Turquia deve iniciar suas operações em março de 2026, somando uma capacidade conjunta de 500.000 unidades por ano.
Todavia, a BYD quer mais e a CEO Stella Li revelou que uma terceira unidade de produção está sendo seriamente considerada, com expectativa de iniciar em 2028, com dois países já em disputa pela nova fábrica, sendo eles Alemanha e Espanha.
Com uma terceira planta, a BYD contorna as tarifas da União Europeia, que no caso da marca chegam a 17%, além dos 10% já existentes.
Graças à sua localização estratégica, custos energéticos reduzidos, investimento em energias renováveis e excelente infraestrutura de transporte, a Espanha surge como uma opção viável para a BYD.
Todavia, a Alemanha traria benefícios estratégicos, fortalecendo sua reputação e aceitação no principal polo automotivo europeu, porém teria de lidar com altos custos de energia e mão de obra, baixa produtividade e pouca flexibilidade regulatória.
Uma alternativa para a BYD seria ocupar fábricas alemãs prestes a fechar, como algumas instalações da Volkswagen, ainda que esta esteja buscando a Rheinmetal para fazer veículos militares.
Como Itália, França, Holanda e Polônia apoiam as tarifas extras para chineses, a BYD pode escolher entre Alemanha e Espanha, com a última neutra em relação à imposição de tarifas adicionais.
Na Europa, a BYD apostará na localização de modelos como Atto 3 e Dolphin a partir de outubro, seguidos pelo Atto 2 e pelo Dolphin Surf em abril.

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