O Citroën C3 Aircross da atual geração tem um equivalente na Índia, praticamente similar, mas na Europa, o mesmo é bem distinto nos detalhes, que vão de um cockpit bem moderno até um visual mais expressivo e robusto, pouco atraente até.

Mas, diferente do indiano, embora este logo apresente tal versão, o Aircross europeu tem uma versão elétrica já em vigor, o ë-C3 Aircross, que na França parte de € 23.400 ou R$ 149.900. Guarde bem este valor…

Por aqui, o SUV de sete assentos conta com uma variante de cinco lugares que se aproxima do europeu em capacidade, mas usa o motor GSE 1.0 Turbo Flex com até 130 cavalos e 20,4 kgfm, além de CVT de sete marchas simuladas.

Mesmo podendo ter uma versão elétrica, ver um Aircross nacional movido a energia demorará muito, apesar da plataforma BEV do programa Bio-Hybrid da Stellantis. Aliás, este deverá fornecer a versão MHEV de 12V do SUV no próximo ano.

Todavia, a Stellantis registrou no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Nacional) o Novo Citroën ë-C3 Aircross, inclusive com uma peculiar imagem do assoalho do carro, o que é bem estranho em se tratando de imagens de desenhos industriais, mas também mandando um recado para nós ao reforçar que o mesmo é elétrico…

Importação ou apenas proteção de direitos? É possível trazê-lo, afinal, a Peugeot traz da Europa o e-2008 e, como sabemos, o Aircross é o maior carro do duplo chevron no Brasil. Obviamente, a disparidade entre os dois Aircross ficaria evidente a qualquer um.

Como ambos os produtos apresentam versões diferentes do mesmo estilo, poderia haver uma distinção suficiente para vendê-lo como um produto diferente e não uma versão elétrica.

Outro ponto é que a Stellantis poderia experimentar esse produto com visual europeu para medir a reação do mercado a uma possível atualização de meia vida com o padrão comercializado no velho continente. Será?

Com 113 cavalos e bateria de 44 kWh, o Novo Citroën ë-C3 Aircross pode rodar 300 km no ciclo WLTP, o que aqui seria um alcance pouco acima dos 200 km com o PBEV do Inmetro.

Mais que isso, a ação da Stellantis aqui teria um alvo, já que seu produto é um SUV de formato familiar e, nesse caso, com preço potencialmente menor que o do BYD Yuan Pro, por exemplo.