Há muito tempo que se falava no fim do V8 Hemi e a Stellantis aguentou o quanto pôde, mas não por vontade da maioria na empresa. Como já se sabe, Carlos Tavares, ex-CEO da empresa, tinha um alvo e esse era o famoso motor americano.
Cortar custos a qualquer custo significava matar a alma de carros como Charger e Challenger, sem contar com as picapes Ram e a Jeep. O fim do V8 Hemi marcou para muitos a era dos grandes propulsores americanos para carros.
Sim, ainda existem alguns V8 imensos, como o Godzilla da Ford, mas o V8 Hemi era bem mais popular. Sem ele, a Stellantis teve que se apoiar no Huricane 6, um seis em linha 3.0 turbinado que, apesar de ser mais potente, não é o mesmo que um legítimo V8 aspirado.
Caso a Stellantis fosse obrigada a manter as regras mais rigorosas da Europa quanto à emissão, como as marcas alemãs, por exemplo, o V8 Hemi e nenhum outro V8 seria viável a longo prazo, mas como a coisa acontece nos EUA, tudo muda.
A começar pelo próximo governo de Donald Trump, que já sinalizou que carro elétrico é o que ele não quer ver pela frente. De modo contrário, quer mais carros a gasolina nas ruas e o setor petrolífero americano o apoia totalmente.
Desse modo, é possível que Trump apoie o retorno do Hemi, ainda que este possa chegar com algum grau de eletrificação. Com comando de válvulas no bloco e acionamento das válvulas por varetas, o V8 tecnicamente poderia ser modernizado.
Mesmo que para agradar uma parte da opinião pública, o V8 Hemi eletrificado com MHEV de 48 volts ou mesmo uma caixa automática com um motor elétrico dentro já ajudariam o propulsor a ser mais econômico e potente.
Sem Tavares no comando, apenas Elkann pode dar o sinal verde para a divisão americana voltar a trabalhar com o Hemi ou algum novo V8.
Já sobre a STLA, esta possivelmente precisará de modificações para ter aquilo a qual não havia sido projetada. Daria certo?
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