Stellantis e o dilema das marcas: John Elkann entrevista candidatos a CEO e o escolhido precisa ter saída satisfatória para as bandeiras do grupo

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A Stellantis ainda enfrenta o dilema das marcas, afinal, são 14 e algumas não parecem ter futuro, mas possuem fãs e clientes. No grupo franco-italiano, o emocional acompanha as decisões da empresa e as várias bandeiras são uma parte crucial disso.

Segundo a Reuters , nesse momento, John Elkann, herdeiro do grupo, entrevista candidatos a CEO da Stellantis na esperança de encontrar alguém que não só resolva os problemas da empresa, mas também que dê uma saída satisfatória para o dilema das marcas.

Quais devem morrer? Essa é uma das questões que pululam na mente dos executivos do grupo, pois, diferente de Ford e GM, o emocional está firme e forte na Stellantis.

Hoje, especialistas dizem que marcas como Lancia, Alfa Romeo e DS devem descer à sepultura, porém, do outro lado do Atlântico Norte, Dodge e Chrysler são consideradas sobreviventes e ainda atraem o consumidor americano.

Todavia, a Stellantis não pode mais se dar ao luxo de ter 14 bandeiras enquanto perde vendas e não possui o reconhecimento como empresa.

Na Europa, muitos consumidores não possuem a percepção da Stellantis como grupo, diferente de Volkswagen e Toyota.

Esse não reconhecimento enfraquece a imagem da empresa, que tem marcas antes rivais históricas no mercado, como Peugeot e Fiat, por exemplo.

A primeira é a marca da Stellantis mais vendida na Europa e é somente a oitava no mercado europeu, enquanto a Fiat agora míngua em sua própria casa.

Há quem diga que o ideal seria fundir algumas dessas marcas para fortalecê-las, mas a questão é complicada dentro da Stellantis.

Para Elkann, o futuro CEO da Stellantis tem que ter uma ideia para resolver a questão das marcas, pois, sem isso, ele não será aceito.

Fabio Caldato, da Acomea SGR, uma acionista da Stellantis, comentou: “Se eu não estivesse pensando com o coração, mas como investidor, veria como muito positivo que o novo CEO estivesse determinado a rever o portfólio de marcas”.

Caldato disse também que o novo CEO tem de “estar pronto para tomar decisões fortes”.

À Reuters, a Stellantis disse que cada uma de suas marcas tinha planos para novos produtos e que as recentes mudanças organizacionais visavam apoiá-los. 

Para você, sem o emocional, quais marcas a Stellantis deve matar para se tornar uma empresa mais eficiente e lucrativa?

 


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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X