Depois de anos de teasers e expectativas, a Scout Motors finalmente apresentou seus dois novos modelos no final do ano passado: a picape Terra e o SUV Traveler.
Agora, a marca revelou dados animadores sobre a recepção do público. Com mais de 50 mil reservas feitas até o momento, a Scout já tem motivos para comemorar, com destaque para o interesse no inovador sistema elétrico com extensor de alcance (EREV), que combina eficiência elétrica com a praticidade de um gerador a gasolina.
A Scout, lançada originalmente em 1961 e relançada pela Volkswagen, está apostando forte em seus novos modelos, que terão opções totalmente elétricas ou EREV, prometendo até 500 milhas (805 km) de autonomia.
O CEO da Scout, Scott Keogh, destacou que o sistema EREV tem sido o maior atrativo, atendendo especialmente àqueles que sofrem de ansiedade de alcance, um dos principais obstáculos à adoção de veículos elétricos.
Segundo Keogh, a tecnologia resolve dois problemas cruciais da eletrificação: a infraestrutura limitada de carregamento e a conveniência para longas viagens. “Isso nos dá um veículo para todos os 50 estados”, disse ele em entrevista à Bloomberg TV.
Ele ainda revelou que cerca de 70% das reservas foram para o Traveler SUV, confirmando as expectativas da empresa.
A Scout não é a única a apostar no conceito, mas poucas montadoras têm oferecido soluções similares.
O EREV combina o melhor dos dois mundos: zero emissões no uso diário e a tranquilidade de ter um gerador para viagens mais longas, algo especialmente importante considerando a infraestrutura de carregamento ainda incipiente nos EUA.
Oliver Blume, CEO da Volkswagen, reforçou o entusiasmo durante o CES. “A resposta do mercado foi muito positiva. É uma questão de herança… é quase uma história de amor”, disse Blume.
Keogh também afirmou estar “super feliz com os números” e destacou a receptividade ao sistema EREV.
Além do interesse no EREV, a Scout também se destaca por sua flexibilidade. Keogh acredita que, mesmo com as incertezas em torno da postura do governo Trump sobre veículos elétricos e possíveis cortes nos créditos fiscais, a Scout está pronta para navegar pelas mudanças no mercado.
“Independentemente de como os EUA decidirem avançar, temos uma plataforma tecnológica que nos coloca em uma posição sólida para os próximos 20 ou 30 anos”, afirmou.
Além da motorização inovadora, a Scout está introduzindo novas tecnologias, como conectividade via satélite, permitindo que os motoristas permaneçam conectados mesmo em áreas remotas.
Com um investimento de US$ 2 bilhões em uma nova fábrica na Carolina do Sul, a Scout também se prepara para atender à demanda de forma ágil, sem a necessidade de grandes adaptações para fabricar os modelos EREV.
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