Imagens de modelos da Rolls-Royce em uma “concessionária” da marca inglesa em Moscou circulam pelas redes sociais e chamam atenção para a questão da violação do embargo internacional contra a Rússia.
Afinal, como os oligarcas e ricos do país continuam a comprar seus caríssimos carros da Rolls-Royce, que tecnicamente aderiu ao embargo?
Um Rolls-Royce Cullinan Black Diamond zero km por 75 milhões de rublos (R$ 4,45 milhões) é só um dos exemplos vistos no país de Vladimir Putin, segundo o The Times.
Questionada, a Rolls-Royce disse não poder fazer nada para impedir o contrabando de carros de ultraluxo para o país em guerra contra a Ucrânia. Nos últimos nove meses, as vendas de carros da marca inglesa subiram 39% na Rússia.
Chris Brownridge, presidente executivo da Rolls-Royce, comentou: “Nenhum desses carros veio diretamente de nenhuma de nossas concessionárias”.
Brownridge explicou: “Todos eles vieram por meio de terceiros. Então, claramente, há algumas pessoas que estão trabalhando muito para contornar essas regras”.
Realmente é de se estranhar que os carros da Rolls-Royce, diferentes daqueles da BMW enviados ilegalmente para a Rússia, sejam contrabandeados simplesmente para um lugar proibido.
O motivo é que a Rolls-Royce sabe quem são seus clientes… Brownridge contou: “Cada Rolls-Royce vendido por qualquer um de nossos revendedores a um cliente, validamos quem é esse cliente e para onde esse automóvel está indo”.
O executivo afirmou: “Não há revendedores vendendo carros para clientes fora das áreas onde deveríamos vendê-los. Estamos absolutamente confiantes disso. E qualquer revendedor que não leve essas responsabilidades a sério receberá, digamos, um impacto bastante significativo de nós.”
Então, como os russos estão comprando carros “novos” da Rolls-Royce? A marca diz que apenas monitora o comprador, mas existem muitos intermediários, por motivos óbvios, que estão além do alcance da empresa.
A Rolls-Royce disse que não pode rastrear os veículos para descobrir seu destino por conta das regras de proteção de dados dos clientes. Nenhuma loja da marca foi punida por que não há evidências de vendas ilegais.
A suspeita é que intermediários ilegais estariam levando os carros até as fronteiras da Armênia, Azerbaijão e Cazaquistão com a Rússia, onde esses veículos são então repassados para atravessadores locais e acabam chegando a Moscou.
Quer receber todas as nossas notícias em tempo real?
Acesse nossos exclusivos: Canal do Whatsapp e Canal do Telegram!
