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Quedas de vendas impressionantes, carros pichados com suásticas, empresas removendo Teslas de suas frotas e até mesmo fãs da marca vendendo seus veículos – as ações extremistas de Elon Musk estão colocando em risco o futuro da Tesla.
A Tesla, que já dominou o mercado de veículos elétricos, agora enfrenta um colapso em suas vendas na Europa. Em janeiro, as vendas despencaram 37,9% na Noruega, 63,4% na França e impressionantes 75,4% na Espanha.
Esse declínio drástico, segundo reportagem da importante revista de tecnologia Wired, não se deve apenas à concorrência, mas também à crescente rejeição a Musk, que tem sido cada vez mais associado à extrema-direita e a discursos polêmicos.
Elon Musk já foi visto como um visionário, um “Tony Stark da vida real”. Mas suas declarações e ações recentes vêm afastando consumidores e empresas.
Seu apoio a partidos de extrema-direita na Europa, gestos controversos durante eventos públicos e a compra do Twitter – onde tem promovido desinformação e amplificado vozes ultraconservadoras – transformaram a imagem da Tesla em algo tóxico para muitos compradores.
A rejeição está acontecendo de maneira visível. Em Berlim, ativistas projetaram a imagem de Musk fazendo um gesto semelhante a uma saudação imprópria na Gigafactory da Tesla, ao lado da palavra “Heil”.
Em Londres e outras cidades europeias, donos de Teslas estão colando adesivos em seus carros dizendo: “Comprei isso antes de saber que Elon era maluco”.
A fuga dos consumidores já seria um problema grande, mas agora empresas também estão se afastando da Tesla. A varejista alemã Rossmann, com mais de 4.700 lojas, anunciou que está removendo os Teslas de sua frota por “incompatibilidade com seus valores”.
A fornecedora de energia LichtBlick tomou a mesma decisão, afirmando que o apoio de Musk a Trump e a políticos de extrema-direita “não é compatível” com a identidade da empresa.
Enquanto isso, concorrentes como a Polestar, da Geely, já estão colhendo os frutos da rejeição à Tesla. “Temos visto um aumento significativo no interesse de pessoas que querem trocar seus Teslas por Polestars”, revelou Michael Lohscheller, CEO da Polestar na Alemanha.
Além da crise de imagem, a Tesla enfrenta dificuldades em manter sua competitividade. Sua linha, com modelos lançados em 2012 e 2015, está envelhecendo, enquanto marcas chinesas como BYD e Zeekr avançam com modelos mais acessíveis e tecnologicamente superiores.
Na Alemanha, um dos mercados mais importantes para a Tesla, a marca registrou apenas 1.277 novos veículos em janeiro – uma queda de quase 60% em relação ao ano anterior.
O impacto da toxicidade de Musk já é mensurável. Uma pesquisa feita pelo site holandês EenVandaag revelou que 31% dos donos de Tesla estão considerando vender ou já venderam seus carros.
Além disso, 40% dos entrevistados disseram sentir vergonha de dirigir um Tesla.
Se Elon Musk continuar priorizando sua agenda política ao invés da reputação da Tesla, a empresa corre o risco de perder não apenas a liderança no mercado de elétricos, mas também sua relevância.
O que antes parecia impossível – a Tesla afundar por culpa de seu próprio CEO – agora parece mais uma questão de tempo.
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