A guerra da Ucrânia continua e, após recente discussão na Casa Branca, durará provavelmente por mais algum tempo… Porém, alguns já estão pensando no fim da guerra e, como consequência disso, o fim do embargo à Rússia.
Mesmo que não existam conversas oficiais a esse respeito, na Rússia, já se especula sobre um provável retorno dos fabricantes de veículos de países que atenderam ao embargo contra o país.
Por lá, Maxim Sokolov, CEO da AvtoVAZ, comentou que, se a Renault quiser reassumir a montadora russa, que detém o controle da marca Lada, terá de indenizar o instituto NAMI.
Segundo a agência russa TASS, Sokolov disse que a Renault terá de pagar US$ 1,3 bilhão ao Instituto Central de Pesquisa Científica de Automóveis e Motores Automotivos (NAMI em inglês).
O CEO da AvtoVAZ disse que a Renault investia anualmente de US$ 226 milhões a US$ 249 milhões anualmente na montadora russa e que o montante pedido é o justo.
Todavia, desde que saiu da Rússia, devido ao embargo liderado pelos EUA, o NAMI teria investido o equivalente a US$ 1,2 bilhão na empresa, que voltou a operar e agora amplia seu portfólio.
Tendo sido “vendida” pela Renault por um valor simbólico de 1 rublo ou R$ 0,07, a AvtoVAZ se recuperou de um fim quase certo com a falta de peças e componentes em 2022.
Nacionalizada novamente, a AvtoVAZ é um símbolo de resistência russa ante a invasão de marcas chinesas no mercado automotivo local.
Sem carros de aliados como Índia e Irã, a Rússia só conseguiu manter seu mercado com o apoio da China, que reforçou a exportação para atender os consumidores russos, que ficaram órfãos das marcas internacionais.
Agora, pode parecer estranho que Sokolov fale em um retorno da Renault ao país por meio da recompra da AvtoVAZ, após os próprios russos terem conseguido salvar a empresa.
No entanto, vários fabricantes que saíram da Rússia, assinaram acordos com as autoridades locais para retomarem seus negócios no país ao fim do embargo.
Antes da saída, a Renault tinha 67,6% da AvtoVAZ, que tinha alguns modelos baseados em carros da Dacia. A Renault também tinha uma operação própria em Moscou.
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