A Renault, assim como outros fabricantes, tem várias ideias que chegam a ser materializadas, tomando a forma de um carro pronto, porém, mesmo aprovado por design e engenharia, o comercial normalmente barra.
Nesse caso, o projeto é colocado em um local seguro, longe do olhar da maioria dos funcionários e lá fica até um dia ser revelado. Na Renault, vários projetos foram engavetados e um deles foi o Atlas.
Em 2016, o Renault Captur já era um carro vendido aqui no Brasil, com a plataforma B0 do Duster e elementos compartilhados com o Kaptur russo e seu irmão ucraniano. Sim, ele foi fabricado neste país.
Na Europa, o Captur surgiu em 2011 como um SUV compacto para brigar com o Peugeot 2008, sendo ambos menores que os atuais.
No caso do Captur, aparentemente tudo parecia certo na proposta, mas a Renault não via assim, fazendo surgir o projeto do Renault Atlas.
Conhecido internamente como HJA, o Atlas começou a ser pensado em 2013, quando a Renault pensou numa variante cupê do Captur e, assim surgiu o projeto.
O Atlas foi construído como um mockup pintado em laca para apresentação interna, não sendo considerada sua presença em salões automotivos.
O departamento de design da Renault sentiu que o SUV cupê tinha potencial, e foi por isso que a empresa escolheu deliberadamente um tom de laranja particularmente marcante para apresentar o modelo.
Essa cor laranja Valência retornou mais tarde sobre o Renault Clio V e o Arkana, mas o Atlas não foi adiante.
O SUV cupê da Renault teria um aspecto bem mais radical que o tradicional, com as janelas traseiras fusionadas com o desenho da carroceria, assim como linhas envolventes que criaram para-lamas traseiros.
Ele era montado com rodas imitando liga leve com pneus 245/45 R19 e com maçanetas traseiras embutidas.
Laurens van den Acker, design-chefe da Renault, explica: “O SUV cupê ainda não havia sido inventado, por assim dizer. Jérémy Sommer deu vida ao design deste carro. Ele também projetou o Scénic IV”.
Há um exemplar em cor cinza, mas feito em Argila. Em termos de tamanho, para caber essas rodas enormes, a Renault optou pela plataforma do Mégane para construir o conceito.
Teria dado certo? Seja como for, a ideia foi plantada e o Renault Arkana surgiu em 2019, três anos depois.
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