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Se você ficou chateado por ter que dar ao seu advogado 30% ou 40% do valor que ganhou em uma causa gerenciada por ele, saiba que nos Estados Unidos, o negócio é muito, mas muito pior.
Uma ação coletiva contra a Mazda nos Estados Unidos acaba de receber aprovação preliminar para um acordo judicial relacionado a problemas generalizados com o sistema de infoentretenimento da marca.
O caso, movido por quatro autores, concentra-se no sistema Mazda Connect, que apresentou falhas persistentes em diversos modelos.
A ação, inicialmente apresentada em Kentucky em julho de 2024, abrange vários modelos Mazda equipados com a geração anterior do sistema Connect, incluindo: Mazda2 (2016-2022), Mazda3 (2014-2018), Mazda6 (2016-2021), CX-3 (2016-2021), CX-5 (2016-2020), CX-9 (2016-2020) e MX-5 (2016-2023).
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De acordo com o processo, as telas de infoentretenimento destes veículos apresentavam problemas recorrentes como reinicializações contínuas, congelamento, falta de resposta ao toque e ciclos infinitos de inicialização.
A origem do problema estaria em cartões SD defeituosos utilizados no sistema de navegação, além de software inadequado para gerenciar diversas funções importantes do sistema de infoentretenimento.
Um caso emblemático é o de Catherine Duffy, uma das autoras do processo, que adquiriu seu Mazda3 2018 em outubro daquele ano. Apenas um ano após a compra, seu sistema de infoentretenimento começou a apresentar falhas, desligando-se, reiniciando e congelando, às vezes em intervalos de poucos minutos.
Em setembro de 2020, o sistema tornou-se completamente inoperante. Ao visitar a concessionária, recebeu uma notícia desagradável: como seu carro estava fora da garantia, teve que pagar US$ 50 por uma tela de substituição, que também apresentou problemas.
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Embora a Mazda tenha negado todas as alegações sobre defeitos no sistema Connect, a montadora japonesa concordou em oferecer uma garantia limitada estendida de dois anos para os veículos afetados, cobrindo atualizações de software e reparo ou substituição de hardware quando necessário.
Os proprietários também poderão solicitar reembolso de até US$ 1.750 por reparos anteriormente realizados nas telas.
No acordo, a principal autora do processo, Catherine Duffy, receberá US$ 4.000, enquanto os outros três autores receberão US$ 2.500 cada.
No entanto, os maiores beneficiários do acordo são os advogados que representaram os quatro autores, que receberão honorários de US$ 1,9 milhão por seus serviços.
Este caso ilustra uma tendência comum em ações coletivas nos Estados Unidos, onde frequentemente os advogados acabam recebendo compensações significativamente maiores do que os consumidores afetados pelo problema em questão.
Ainda assim, o acordo representa uma vitória para os proprietários de veículos Mazda afetados, que agora têm um caminho para resolver seus problemas de infoentretenimento sem custos adicionais.
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