Não é todo dia que um recall atinge várias montadoras ao mesmo tempo, mas hoje é um desses casos.
A Samsung anunciou um recall que envolve 180.000 veículos das marcas Audi, Ford, Jeep e Volkswagen, tudo por conta de um problema na bateria de alta voltagem, que pode falhar e até pegar fogo.
O recall é específico dos Estados Unidos, ainda não sabemos se veículos no Brasil passam pelo mesmo problema.
Segundo a Samsung, 155.096 veículos da Jeep estão em risco. O recall abrange os modelos Jeep Wrangler 4xe dos anos 2020 a 2024, e Jeep Grand Cherokee 4xe 2022 a 2024, ambos híbridos plug-in.
De acordo com a NHTSA, os pacotes de bateria desses veículos podem apresentar danos no separador. Isso, combinado com outras interações nas células da bateria, pode resultar em incêndios.
Os veículos da Ford incluídos no recall podem ter um problema semelhante. Os modelos afetados são o Ford Escape (2020-2024) e o Lincoln Corsair (2021-2024).
A Ford informou à Samsung que suas investigações revelaram que “a camada separadora da célula de alta voltagem, entre o cátodo e o ânodo, pode ser suscetível a danos devido ao processo de fabricação da célula”.
No caso da Volkswagen, nem a montadora nem a Samsung especificaram qual é o problema exato nos modelos da marca. Os carros incluídos no recall são o Audi A7 (2022) e o Audi Q5 (2022-2023).
O que se sabe sobre os veículos da Volkswagen é que podem sofrer superaquecimento térmico, o que pode gerar fumaça ou fogo.
Apesar de os problemas não serem exatamente os mesmos, um pode levar ao outro. Quando ocorre um superaquecimento incontrolável da bateria, incêndios são quase inevitáveis e extremamente difíceis de conter.
A Samsung admite que ainda não tem uma solução definitiva, mas pelo menos os donos de veículos da Ford terão um aviso antecipado.
Se houver um problema detectado no carro, aparecerá a mensagem “Pare com segurança agora” no painel. Já os proprietários de Audi e Stellantis não terão esse alerta, o que torna ainda mais importante que realizem o recall o quanto antes.
Por enquanto, a única solução oferecida pelas montadoras é uma atualização de software que notificará os motoristas caso o sistema da bateria detecte falhas.
Até que um conserto definitivo seja encontrado, talvez seja melhor estacionar o carro do lado de fora – por precaução.
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