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Com os câmbios manuais se tornando cada vez mais raros na indústria automotiva, a Singer decidiu buscar expertise onde a excelência é inquestionável: a Fórmula 1.
A empresa, famosa por recriar e aprimorar Porsches clássicos com um nível de engenharia quase obsessivo, firmou uma parceria com a Ricardo, uma das mais renomadas fabricantes de transmissões de alta performance, para desenvolver novos câmbios manuais para seus modelos.
Enquanto a maioria das montadoras abandona os manuais em prol de transmissões automatizadas mais rápidas e eficientes, a Singer vai na contramão e aposta na experiência visceral de trocar marchas à moda antiga.
A Ricardo não é um nome amplamente conhecido pelo público geral, mas no mundo das competições, sua reputação é incontestável. A empresa projeta e fabrica transmissões para carros que competem no Mundial de Rally (WRC), Le Mans e, claro, na Fórmula 1.
Além disso, a equipe responsável por desenvolver o novo câmbio da Singer conta com diversos engenheiros vindos diretamente da categoria máxima do automobilismo.
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A ideia é criar uma transmissão H-pattern totalmente nova, capaz de lidar com a brutalidade dos motores turboalimentados que a Singer instala em suas recriações do Porsche 911.
Isso inclui os modelos Classic Turbo e DLS Turbo, ambos baseados no já raro Porsche 964, produzido entre 1989 e 1994.
Como tudo que a Singer faz, essa nova transmissão não será vendida separadamente para entusiastas que sonham em instalar um câmbio de F1 no próprio projeto caseiro. Apenas os clientes que encomendarem um Singer modificado poderão ter acesso à nova caixa manual.
Embora detalhes técnicos ainda não tenham sido divulgados, a Singer garante que o câmbio foi projetado para oferecer trocas de marcha precisas e envolventes, mesmo sob o enorme torque dos motores turbinados.
Se levarmos em conta que a empresa já trabalhou com preparadores lendários como Ed Pink para criar motores flat-six de 4.0 litros absurdamente potentes e giradores, não é difícil imaginar que a nova transmissão estará à altura da reputação impecável da Singer.
O único problema? O preço. Se há uma má notícia nessa história, é que os Porsches reimaginados pela Singer já ultrapassam facilmente a marca de um milhão de dólares, colocando essa nova transmissão em um território inacessível para a maioria dos entusiastas.
Ainda assim, saber que alguém está investindo no desenvolvimento de novos câmbios manuais em plena era da eletrificação e automação é um alívio para quem ainda acredita que a arte de trocar marchas manualmente nunca deveria desaparecer.
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