A BYD decidiu antecipar-se ao aumento das alíquotas de imposto de importação para carros elétricos e híbridos, que varia de 12% a 18%, com uma remessa em massa de carros trazidos da China.

A montadora chinesa fez seus carros entrarem pelo Espírito Santo e Pernambuco, num volume que, segundo a marca, chegou a 60 mil unidades, segundo Henrique Antunes, diretor de Vendas e Marketing ao site Auto Indústria.

Na primeira metade de 2024, nada menos que 20 navios cheios de carros elétricos e híbridos da BYD cruzaram dois oceanos para chegar ao Brasil, antecipando-se assim à elevação das alíquotas do imposto de importação.

Entre os importados está o BYD King, que acaba de chegar ao mercado com preços entre R$ 175.800 e R$ 187.500. No período, a BYD entregou 27,1 mil carros aos clientes e ainda tem uma boa lenha para queimar até o final do ano.

Todavia, as remessas da chinesa não devem parar somente pelo aumento da taxação. A BYD tem meta de vender até 100 mil carros no Brasil em 2024, quando terá uma rede com 200 lojas e 11 modelos no lineup.

Os modelos Song Pro e Shark são aguardados pelo mercado, com o primeiro atuando como um SUV na faixa entre R$ 180 mil e R$ 200 mil, enquanto a picape híbrida pode chegar com preços de R$ 250 mil a R$ 350 mil.

Além da importação, a BYD prepara a produção na fábrica de Camaçari, na Bahia, onde pretende ter uma planta para 150.000 carros inicialmente e depois ampliada para 300 mil, já objetivando dispor de 50 mil importados, supostamente do México.

Nesse caso, a BYD quer alcançar o terceiro lugar entre as marcas estabelecidas no país, uma meta muito ambiciosa para os próximos quatro anos. Isso mostra como os chineses estão dispostos a chegar e fazer a diferença.

Atualmente, o portfólio da BYD é composto pelos modelos Dolphin MIni, Dolphin, King, Song Plus, Yuan Plus, Seal, Tan, Han e D1.