Um grupo autointitulado SANE (Students Against Naz* Extremists) está chamando atenção na Califórnia ao ameaçar donos de veículos da Tesla, declarando que seu objetivo é criar vergonha suficiente para tornar inviável possuir ou operar um carro da marca.
Mas, em vez de simples críticas ou protestos pacíficos, o grupo pretende recorrer ao vandalismo. Segundo seu manifesto, divulgado pelo Lost Coast Outpost, os ataques começaram em 12 de fevereiro e seguirão até o fim do mês.
As ameaças já foram concretizadas de forma simbólica.
Pelo menos 13 proprietários de Tesla na Califórnia relataram ter encontrado bilhetes ameaçadores em seus carros, alguns acompanhados de tijolos sobre os para-brisas, com mensagens como “Sem naz**tas na América”.
O bilhete da foto acima diz: “Sem naz**tas na América. Donos de carros da Tesla vendam ou troquem seus carros até 12 de fevereiro, depois disso, estará aberta a temporada de caça.”
O grupo afirma que donos de Tesla devem vender seus veículos até 12 de fevereiro, caso contrário, enfrentarão danos físicos em seus carros.
A origem da hostilidade está na figura de Elon Musk. O SANE acusa o CEO da Tesla de apoiar grupos de extrema-direita tanto nos Estados Unidos quanto na Alemanha, além de fazer gestos e declarações que alguns interpretam como referências ao naz**mo.
No manifesto, Musk é chamado de “naz**ta assumido com um histórico de comportamento fascista, racista, misógino e criminoso”.
As autoridades da cidade de Arcata, uma das quatro localidades-alvo do grupo, confirmaram que estão monitorando a situação.
Em um comunicado oficial, o departamento de polícia local afirmou que está ciente das ameaças e encorajou qualquer pessoa com informações a entrar em contato pelos canais oficiais.
Além de Arcata, o grupo SANE declarou que planeja agir em Hayward, Seaside e Rohnert Park. Em resposta às ameaças, um morador atingido pelo grupo enviou uma mensagem ao Lost Coast Outpost, apontando a ironia da situação:
“Como é irônico que essa ameaça seja direcionada a uma comunidade que apoia amplamente ideais democráticos. Em vez de recorrer à violência, sugiro que os autores do ato doem para causas progressistas, incentivem o voto e apoiem empresas com boas práticas. Não somos o inimigo, e nem nossos Teslas. E, para completar a ironia, sou de ascendência judaica. Naz**, sério?”
Apesar da motivação política do grupo, suas táticas são questionáveis. Protestos contra Musk e sua conduta já ocorreram em várias partes do mundo, mas a Tesla e seu CEO raramente tomam medidas para diminuir as tensões.
De qualquer forma, direcionar frustrações políticas contra a propriedade privada parece improvável de gerar apoio para a causa do grupo.
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