Mesmo com vendas sólidas em 2024, a Lamborghini parece ter tomado uma decisão que surpreendeu o mundo automotivo: vender o Egoista, o carro-conceito de um único assento, criado para celebrar o 50º aniversário da marca.

Até agora, o modelo era considerado intocável e estava em exibição permanente no museu da montadora em Sant’Agata Bolognese.

Segundo informações dos sites Luxury Launches e Supercar Blondie, o Egoista foi vendido a um colecionador não identificado por impressionantes US$ 117 milhões, estabelecendo-se como o Lamborghini mais caro já negociado.

O Egoista, apresentado em 2013, é uma das criações mais excêntricas da Lamborghini. Equipado com um motor V10 de 5.2 litros derivado do Gallardo, o modelo gera cerca de 600 cavalos de potência.

No entanto, não é a performance que o destaca, mas sim seu design único e ultrafuturista. Com uma cabine inspirada em aviões de caça e um canopy transparente para entrada e saída, o Egoista permite que o motorista viva uma experiência digna de um piloto de “Top Gun”.

O nome “Egoista” não é à toa: o carro foi projetado para apenas uma pessoa, sem espaço para passageiros. Além disso, seu acabamento utiliza revestimentos anti-radar, semelhantes aos de aeronaves militares.

Esses detalhes, somados à produção única, transformaram o Egoista em um objeto de desejo para colecionadores.

Por que vender algo “invendável”?

Quando o Egoista foi revelado, a Lamborghini deixou claro que ele nunca estaria à venda. Mas US$ 117 milhões podem ter mudado isso.

O alto valor do veículo já circulava como um número “simbólico”, talvez criado para afastar possíveis compradores. Ainda assim, a venda sugere que um colecionador influente conseguiu convencer a Lamborghini a abrir mão de sua peça mais rara.

Rumores apontam que o novo proprietário pode ser Albert Spiess, um renomado colecionador suíço com um histórico de negociações especiais com a Lamborghini. Ele já foi responsável por ressuscitar o protótipo do Countach LP500, o que indica sua forte relação com a marca.

Apesar de ser funcional, o Egoista nunca foi homologado para uso nas ruas. Assim, é provável que continue como uma peça de coleção ou símbolo de status, em vez de ser conduzido.

A Lamborghini, provavelmente, incluiu no contrato o direito de recompra caso o carro seja novamente colocado à venda.

Com a venda do Egoista, a Lamborghini reforça sua reputação de criar veículos que transcendem o mundo automotivo e entram no território do colecionismo de luxo.

Mesmo que este modelo continue apenas como um ornamento de garagem, sua venda recorde é um marco que destaca a exclusividade e o poder de fascínio da marca italiana.