Em 2008, o Tata Nano revolucionou o mercado ao se tornar o carro mais barato do mundo, com um preço inicial de apenas US$ 2.500. No entanto, apesar de ser um triunfo da engenharia, o Nano fracassou em conquistar o público, principalmente devido ao estigma de ser “o carro mais barato do mundo”.
Avançando para 2019, surge o Bajaj Qute, um quadriciclo indiano que, sem tanto alarde, tem conquistado mercados globais onde o Nano falhou.
O Qute é um pequeno e acessível veículo produzido pela Bajaj, tradicional fabricante indiana de “autorickshaws”. Com um design simples e funcional, ele oferece motor traseiro, tração traseira, quatro portas, espaço para quatro passageiros e um porta-malas dianteiro e traseiro.
Seu preço inicial é de cerca de US$ 3.300, e ele está disponível em versões a gasolina e gás natural comprimido (CNG).
Equipado com um motor de 216,6 cc, o Qute entrega 13 cavalos de potência e 14,5 lb-ft de torque, suficiente para sua velocidade máxima limitada a 45 mph. Ele também impressiona na eficiência, alcançando até 87 mpg, tornando-se uma solução de transporte incrivelmente econômica.
Por que o Qute tem sucesso onde o Nano falhou?
A grande diferença está no público-alvo e na classificação do veículo. Enquanto o Nano foi comercializado como um carro pessoal para consumidores preocupados com orçamento, o Qute é vendido principalmente como veículo comercial, especialmente para substituir autorickshaws em mercados como Índia, Turquia e Egito.
Isso eliminou o problema do status, já que taxistas e pequenos empreendedores veem o Qute como um avanço prático e funcional.
Desde 2019, o Qute encontrou um nicho sólido no mercado global. Com mais de 30.000 unidades exportadas e apenas cerca de 3.253 vendidas na Índia, ele provou ser popular fora de seu país de origem.
Mercados como México, Gana e Guatemala têm impulsionado suas vendas, com um aumento de 112% nas exportações no último ano.
O Qute combina simplicidade, eficiência e robustez. Em países como a Índia, onde as estradas e condições exigem veículos duráveis, o pequeno quadriciclo mostrou sua força.
Ele é um exemplo de como uma abordagem prática e focada pode superar barreiras culturais e de status, entregando uma solução acessível e funcional de transporte urbano.
Embora o Qute não tenha alcançado o mesmo nível de atenção global que o Nano, ele provou que pequenos veículos acessíveis ainda têm um papel vital a desempenhar em um mundo cada vez mais voltado para soluções de mobilidade sustentável.
[Fonte: Autopian]
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