
A Volkswagen apresentou recentemente o ID. Every1, um carro elétrico que promete chegar ao mercado europeu em 2027 com um preço de €20.000.
Essa iniciativa visa ampliar a oferta da montadora no segmento de entrada, já que, até então, os modelos elétricos da marca partiam de €30.000.
No entanto, especialistas apontam que essa estratégia pode enfrentar desafios significativos, especialmente devido ao elevado custo de produção das baterias, o que dificultaria a competitividade frente aos veículos elétricos chineses de baixo custo.
Além do ID. EVERY1, a Volkswagen já havia anunciado o ID.2, um modelo de tamanho semelhante ao Polo, previsto para 2026, com preço aproximado de €25.000. O ID.1, sucessor do VW Up, está programado para 2027, com preço de €20.000.
Este último promete um interior espaçoso graças à nova arquitetura elétrica, mas com autonomia limitada a 250 quilômetros.
Segundo o site FCE, Florian Degen, chefe de estratégia do Instituto Fraunhofer FFB, destaca que cerca de 70% a 80% do custo de uma célula de bateria é atribuído a materiais como lítio, níquel, manganês, cobalto e cobre, enquanto os 20% a 30% restantes correspondem ao processo de produção.
Para o ID.1, estima-se que uma bateria de 40 kWh tenha um custo de aproximadamente €2.000, sem incluir sistemas eletrônicos e componentes adicionais, como refrigeração.
A produção de baterias representa um grande obstáculo para a Volkswagen. Enquanto empresas asiáticas produzem células em larga escala, aproveitando economias de escala, a Volkswagen está investindo na produção própria de células.
Em julho de 2022, a empresa iniciou a construção de sua primeira fábrica de células de bateria em Salzgitter, Alemanha, com planos de iniciar a produção em série em 2025. Além disso, uma fábrica está sendo construída em Sagunto, Valência, com previsão de operação para 2026.
A concorrência com fabricantes chineses, que oferecem modelos como o Leapmotor T03 (a partir de €19.000) e o BYD Dolphin Mini (aguardado por menos de €18.000), é um desafio adicional.
Esses concorrentes conseguem preços mais baixos devido à produção em larga escala e custos reduzidos de baterias. Assim, a Volkswagen enfrenta o desafio de equilibrar custos de produção e oferta competitiva no mercado de veículos elétricos acessíveis.

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