Notou como as vendas da Nissan Frontier estão em baixa no Brasil? Pois é, a picape média da marca japonesa despencou no ranking no ano passado e não mais se recuperou.
Ela de fato chegou a inverter posições com a Volkswagen Amarok, que há muito estava na lanterna das picapes médias, mas por que isso?
O produto é bom e tem um design agradável, especialmente na versão Pro-4X, mas a Frontier pareceu estacionar no tempo de alguma forma e novidades do mercado tiraram o foco dela.
Seja como for, na Argentina, o motivo seria a redução da oferta, já que a planta de Santa Isabel, em Córdoba, ficou parada 100 dias no ano passado, segundo o jornal LaVoz.
Agora, a publicação hermana nos conta que a produção da planta conjunta de Renault e Nissan ficou parada nesta semana, deixando no ar uma aura de incerteza sobre o futuro da picape por lá.
Eles falaram ainda que um dos fornecedores de peças da Frontier “solicitou o procedimento preventivo de crise”, após o aviso de suspensão temporária da produção no começo de fevereiro.
Com investimento de US$ 600 milhões desde 2018, Córdoba se tornou um novo centro de produção de picapes da aliança, em concorrência com o México.
Além da Frontier, a Renault faz ali a Alaskan, porém, uma nova geração de picapes está programada para a unidade, com a Renault Niagara Concept sendo um vislumbre disso.
Comenta-se no mercado que a Nissan terá uma equivalente feita sobre a plataforma RGMP, assim como o novo SUV compacto que será feito em Resende, no Rio de Janeiro.
Todavia, o quanto isso afetará a Frontier? Pela aliança tripla com Renault e Mitsubishi, uma nova geração surgirá da Nova Triton, já à venda no Brasil.
O México ainda é uma séria ameaça à produção de picapes médias da aliança na Argentina e essa nova geração pode acabar vindo de lá.
Seja como for, parece errado imaginar que a picape ficará pelo caminho, já que a Nissan sempre apostou em picapes por aqui, sejam feitas no país ou trazidas do México.
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