A Nissan deve rejeitar a proposta de aquisição feita pela Honda, segundo uma fonte familiarizada com as negociações.
A decisão pode colocar em risco as conversas entre as duas montadoras japonesas sobre uma possível fusão, que criaria a terceira maior fabricante de automóveis do mundo.
A diretoria da Nissan planeja se reunir amanhã, 5 de fevereiro, para votar a proposta da Honda, que pretende comprar ações da empresa e torná-la uma subsidiária.
A Honda, avaliada em US$ 47 bilhões, tem quase cinco vezes o valor de mercado da Nissan, o que resultaria, na prática, em uma aquisição.
Apesar da forte resistência dentro da Nissan, alguns executivos seniores apoiam a oferta da Honda, o que pode manter as negociações vivas.
Até o momento, ambas as empresas afirmam que as conversas seguem em andamento, com previsão de um acordo preliminar até meados de fevereiro e conclusão da fusão em junho.
A ideia é listar ações da nova holding conjunta em agosto de 2026.
No entanto, o processo tem avançado lentamente. Inicialmente, Honda e Nissan haviam prometido apresentar um modelo de transação até o final de janeiro, mas esse prazo já foi adiado em algumas semanas.
Relatos da mídia japonesa sugerem que as negociações podem ser encerradas caso não haja progresso nas reuniões do conselho das duas empresas.
Outro fator complicador é a participação da Renault na Nissan.
A montadora francesa detém 36% da empresa e, no final de janeiro, enviou representantes ao Japão para expressar preocupação com a possível fusão, além de exigir um prêmio adicional para sua fatia acionária.
Enquanto isso, a Mitsubishi, que também foi citada como possível integrante da aliança, já indicou que não pretende participar. A empresa afirmou que tomará uma decisão final somente após Honda e Nissan chegarem a um acordo.
Se a Nissan rejeitar a oferta, o futuro da parceria entre as duas montadoras ficará incerto.
A fusão poderia ajudar ambas as empresas a competir melhor no mercado global, especialmente diante dos desafios impostos pela eletrificação e novas tecnologias automotivas.
No entanto, as diferenças estratégicas e a complexidade das negociações podem impedir que o acordo avance.
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