A General Motors segue enxugando sua equipe sob um novo programa de avaliação de desempenho que visa demitir funcionários assalariados considerados de baixa performance.
Segundo fontes próximas aos planos da empresa, dezenas de trabalhadores foram demitidos na última sexta-feira, e mais cortes podem acontecer até o final de fevereiro, à medida que os gerentes continuam avaliando seus subordinados.
A GM iniciou sua revisão anual de funcionários, um processo que agora segue um novo sistema de classificação introduzido no ano passado.
Sob essa nova métrica, os gerentes devem categorizar suas equipes da seguinte forma: 5% dos funcionários como “excedendo significativamente as expectativas”, 10% como “excedendo expectativas”, 70% como “atingindo expectativas”, 10% como “parcialmente atingindo expectativas” e 5% como “não atendendo às expectativas”.
Para esse último grupo, a orientação da empresa é que “medidas apropriadas sejam tomadas, incluindo demissões”, conforme um e-mail interno enviado anteriormente.
A decisão de endurecer a política de desempenho já resultou em cortes no fim de 2023, quando a GM demitiu cerca de 1.000 funcionários, tanto assalariados quanto horistas.
Na época, a empresa justificou a medida como parte de um esforço contínuo para melhorar a eficiência operacional.
Muitos funcionários foram pegos de surpresa com as demissões recentes.
Comentários em um fórum no Reddit revelam que alguns só souberam da dispensa no momento em que seus supervisores deram a notícia, enquanto outros já suspeitavam do corte após receberem avaliações negativas ou perceberem que estavam recebendo menos trabalho nos últimos meses.
A GM tem enfatizado que o objetivo do novo sistema é criar uma cultura focada em alto desempenho e recompensar os melhores talentos.
Em comunicado, o porta-voz Kevin Kelly afirmou que a empresa busca um ambiente de colaboração e excelência, garantindo que os funcionários saibam o que é esperado deles e tenham feedback contínuo para seu desenvolvimento.
Especialistas em mercado de trabalho observam que essa abordagem segue uma tendência pós-pandemia, em que as empresas estão cada vez mais rigorosas com avaliações de desempenho e exigindo maior produtividade.
Segundo Marick Masters, professor de negócios da Wayne State University, esse tipo de programa pode ter efeitos mistos na moral dos funcionários. Se for considerado justo, pode melhorar o ambiente de trabalho ao eliminar profissionais que não entregam resultados.
No entanto, se for percebido como arbitrário ou favorecendo certos funcionários, pode gerar ressentimento generalizado dentro da empresa.
Com essa nova política, a GM busca alinhar sua estrutura de equipe às suas metas estratégicas, mas a forma como essas mudanças serão recebidas pelos trabalhadores ainda é uma questão em aberto.
Enquanto alguns veem isso como uma tentativa necessária de manter a competitividade, outros temem que um ambiente excessivamente rígido acabe prejudicando a moral e a cultura corporativa a longo prazo.
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