Um motorista de aplicativo, chamado Christian Denis Cooper, está pedindo o arquivamento de todas as acusações contra ele em um processo movido por Lal Finci, uma passageira que alega ter sofrido ferimentos ao pular pela janela do carro antes de Cooper colidir com um veículo estacionado.
Segundo os advogados de Cooper, o motorista sofreu uma emergência médica inesperada devido à hipoglicemia, o que o incapacitou de garantir a segurança da passageira.
O processo, apresentado ao Tribunal Superior de Santa Monica, acusa Cooper de negligência, mas seus advogados argumentam que ele não pode ser responsabilizado por eventos que ocorreram enquanto estava inconsciente.
A Lyft, inicialmente incluída como ré, foi removida do caso em fevereiro de 2024.
De acordo com o processo, o incidente ocorreu em 16 de julho de 2021, quando Finci chamou um Lyft para uma viagem de Santa Monica até Rodeo Drive.
Durante a corrida, Cooper teria feito uma parada em uma loja de conveniência para comprar Red Bull, na tentativa de aliviar os sintomas da hipoglicemia.
Finci afirmou que, ao retornar ao carro, o motorista estava com uma aparência “assustadora e estranha”. Após começar a dirigir de forma errática, incluindo momentos na calçada, ela exigiu que Cooper parasse e a deixasse sair, mas ele não respondeu.
Segundo a denúncia, Finci tentou abrir a porta traseira, mas, como estava trancada, decidiu pular pela janela.
Pouco depois de Finci rolar no chão, Cooper colidiu com um veículo estacionado. A passageira alega que sofreu danos físicos e emocionais severos.
Os advogados de Cooper afirmam que ele não tinha histórico de emergências médicas graves e que esta foi a primeira vez que ele sofreu um episódio de hipoglicemia enquanto dirigia.
Eles sustentam que Cooper não poderia prever ou evitar a emergência, tornando-o isento de responsabilidade.
Além disso, a defesa argumenta que Finci foi a responsável por seus próprios ferimentos ao entrar em pânico e pular do veículo em movimento.
A defesa também aponta inconsistências no relato de Finci, que teria deixado a cena antes da chegada da polícia e posteriormente registrado uma queixa afirmando ter sido “sequestrada por um psicopata.”
A audiência para decidir sobre o pedido de arquivamento do caso está marcada para 29 de abril. A defesa de Cooper espera que o tribunal reconheça a natureza imprevisível do incidente e elimine as acusações contra o motorista.
O caso levanta questões importantes sobre a responsabilidade em emergências médicas inesperadas e os limites da negligência em situações que fogem ao controle do indivíduo.
A decisão do tribunal pode estabelecer precedentes para outros processos semelhantes envolvendo motoristas de aplicativos e emergências médicas.
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