A chinesa Foxconn está perto de fechar um acordo com a Mitsubishi Motors para produzir veículos elétricos, marcando um passo importante em sua entrada no setor automotivo.
O maior fabricante de eletrônicos do mundo, localizado em Taiwan e famoso pelo iPhone, deve anunciar o acordo nas próximas semanas, permitindo que a Mitsubishi expanda sua linha de modelos elétricos mais acessíveis.
Essa parceria representa uma mudança significativa para a indústria automotiva, que enfrenta a liderança da China em carros elétricos e a crescente importância de softwares nos veículos.
A Mitsubishi vê vantagens na parceria, como a redução de custos de desenvolvimento e produção, além da ampliação de sua linha de carros.
A montadora japonesa não comentou detalhes, mas afirmou que “explora oportunidades de colaboração para crescimento sustentável”. A Foxconn também se manteve discreta sobre o acordo.
Essa estratégia de unir-se a uma empresa bem capitalizada e com experiência fora do setor automotivo é uma alternativa às tradicionais fusões e alianças entre montadoras.
O acordo ocorre após o fracasso das negociações de fusão entre Honda e Nissan, segunda maior acionista da Mitsubishi.
A Foxconn, que já é parceira da Nissan e da Renault, tentou adquirir uma participação na montadora japonesa, que enfrenta dificuldades financeiras.
O acordo com a Mitsubishi pode abrir portas para uma futura aliança com a Nissan, mas as perspectivas ainda são incertas, já que a Nissan está em processo de escolher um novo CEO.
A Foxconn, conhecida por fabricar componentes para empresas como a Apple, vem construindo um negócio de veículos elétricos desde 2019, visando se tornar o “Android dos automóveis elétricos”.
Sua experiência em cadeia de suprimentos e produção em larga escala pode ajudar montadoras a reduzir custos, encurtar prazos de desenvolvimento e acelerar a chegada de novos modelos ao mercado.
O presidente da Foxconn, Young Liu, afirmou recentemente que um acordo com uma montadora japonesa deve ser fechado em “um ou dois meses”.
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