O Mercosul e a União Europeia estão nos passos finais para a criação de um acordo de livre comércio histórico entre os dois blocos econômicos, gerando assim um mercado comum de 31 países e mais de 718 milhões de habitantes.
Com um PIB de US$ 22 trilhões, o futuro mercado comum entre Mercosul e União Europeia derrubará as tarifas para importação de veículos entre os dois extremos do Atlântico, permitindo assim tanto o envio como a chegada de veículos com preços mais competitivos.
Todavia, tanto a redução de tarifas quanto a eliminação delas ocorrerão gradualmente e a longo prazo, com imposto zero daqui a 30 anos.
Trata-se de um período bem distante, onde se espera que a indústria nacional já esteja ao nível de exportar para os mercados da Europa em pé de igualdade.
O Palácio do Planalto enviou um comunicado sobre o assunto: “Para veículos eletrificados, a desgravação passará a se dar em 18 anos. Para veículos a hidrogênio, o período será de 25 anos, com 6 anos de carência. Para novas tecnologias, 30 anos, com 6 anos de carência. Até esta etapa negociadora, nenhum cronograma de degradação foi superior a 15 anos”.
O governo detalhou mais a proposta: “Foi implementado um mecanismo inédito de salvaguardas com vistas a preservar e ampliar investimentos automotivos. Caso haja um aumento nas importações europeias que cause danos à indústria, o Brasil poderá suspender o cronograma de degradação de todo o setor ou retomar a alíquota aplicável às demais origens [hoje, de 35%] por um período de 3 anos, renovável por mais 2 anos”.
Serão analisados o nível de emprego, volumes de venda e produção, capacidade instalada e grau de ocupação da capacidade do setor automotivo, de modo a considerar a aplicação do limite da OMC ou não, em caso de desequilíbrio.
Com o acordo de livre comércio com a Europa, o Brasil espera reduzir a dependência de ter a China como seu maior parceiro comercial, diversificando os negócios. Já a Anfavea, segundo o site Automotive Business, não havia se pronunciado ontem sobre o assunto.
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