Mazda prepara terreno para desenvolver um novo motor a combustão; japonesa aposta na gasolina mesmo diante da eletrificação

mazda skyactiv z
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Recentemente, a Mazda apresentou sua nova Estratégia de Ativos Enxutos, marcando uma guinada que privilegia os motores de combustão em detrimento dos investimentos em eletromobilidade.

A montada cortou os transportes para propulsão elétrica: dos 2 trilhões de ienes originalmente planejados (equivalentes a R$ 74 bilhões), somente cerca de 1,5 trilhão de ienes (R$ 55,5 bilhões) serão destinados à área.

Essa redução contrasta com a tendência de marcas como a Audi , evidenciando uma aposta na tradição aliada à eficiência.

O recorte de investimentos se torna viável graças a parcerias estratégicas com nomes como a chinesa Changan e gigantes japonesas como Toyota, Denso e Blue Nexus, que colaboram para manter a competitividade sem sacrificar a robustez técnica.

Em um movimento que impressiona pela racionalidade, a Mazda optou por produzir, na mesma linha, tanto modelos elétricos quanto os de combustão.

Essa integração eliminou a necessidade de uma fábrica exclusiva para os elétricos, reduzindo o investimento global em até 85%.

Outro ponto de destaque é desenvolver uma plataforma elétrica própria, feita em parceria com a Panasonic.

A proposta é oferecer máxima flexibilidade, permitindo que a mesma base suporte diferentes tipos de carros e acomode diversas configurações de baterias. Essa estratégia já rendeu uma economia de 40% nos custos. 

O primeiro veículo elétrico baseado nessa plataforma deve chegar em 2027, dados que coincidem com o lançamento da nova geração do Mazda CX-5, equipado com uma versão híbrida do inovador motor SkyActiv‑Z de 2.5 litros.

Segundo a montada, esse motor se aproxima de uma unidade de combustão ideal, entregando alta eficiência e cumprindo os futuros padrões de entrega, como o Euro 7, sem sofrer a perda de potência típica dos motores convencionais.

Enquanto isso, o know-how acumulado também contribuirá para a evolução dos motores Wankel, mesmo que o sucessor tão desejado dos RX‑7 e RX. 

Mesmo indo na direção contrária, a Mazda mostra que tem mais que engenharia, tem personalidade em continuar apostando naquilo que dá aos seus clientes o que realmente eles apreciam em seus carros.


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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X