As vendas de picapes têm crescido muito nos últimos anos e dois movimentos importantes do mercado levaram a isso, sendo um o impulso do agronegócio e outro a tendência de muitos compradores de trocarem o caro comum pelas picapes de cabine dupla, mais urbanas.
Todavia, o crescimento nas vendas de picapes parece ter encorajado os ladrões, segundo um levantamento feito pelo Grupo Tracker, conforme publicação no jornal Estadão.
Considerada a maior empresa de rastreamento e localização de veículos no mercado nacional, a Tracker identificou um aumento de 85,9% nas ocorrências de roubo de picapes no país no terceiro trimestre deste ano.
Em 2024, o número de furtos e roubos cresceu 63,4% e o alvo principal são as picapes com motor diesel, porém, o interesse dos bandidos não é pelo veículo em si, mas pelo propulsor.
Vitor Corrêa, gerente de Comando e Monitoramento do Grupo Tracker, explicou que os motores diesel roubados são usados também em geradores e máquinas agrícolas.
Corrêa falou também sobre o destino dos veículos roubados: “Veículos sinistrados em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, São Paulo e Minas Gerais são vendidos e usados como moeda de troca no Paraguai, apontam as investigações das autoridades”.
Por conta disso, o comércio ilegal de veículos e motores alimenta o crescimento dos roubos e furtos no país, “devido ao alto valor de mercado”, segundo apontou o gerente da Tracker.
Os locais mais visados pelo levantamento da Tracker são estádios de futebol, estações do metrô e shopping centers. Por conta do alto índice de sinistros, o uso de dispositivos de rastreamento tem crescido no mercado nacional.
A Tracker usa a radiofrequência em seus rastreadores, mas existem outras tecnologias aplicadas a tais dispositivos no mercado. O uso desta, por exemplo, garante a imunidade à ação dos inibidores de sinais, sendo assim mais fácil e seguro o monitoramento do veículo.
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