Uma equipe de corridas da Tailândia está quebrando paradigmas ao criar o que pode ser o primeiro Lamborghini Huracán do mundo equipado com um motor Honda.
Em preparação para uma exaustiva corrida de resistência de 25 horas, a PSC Motorsport substituiu o icônico V10 naturalmente aspirado do Huracán Super Trofeo Evo pelo motor turbo de quatro cilindros K20C1, retirado de um Honda Civic Type R FK8.
Embora o motor V10 do Huracán seja uma obra-prima de engenharia com 602 cavalos de potência, ele simplesmente não atende às regulamentações para a categoria na qual o time quer competir.
A troca para o motor 2.0 turbo do Civic Type R permite que o carro entre em uma classe normalmente dominada por modelos da Honda e Toyota.
Na configuração original, o Huracán é superdimensionado para esta classe. Assim, o motor menor oferece uma chance justa de competir, ainda que sacrifique potência.
A nova configuração entrega 350 cv e 51 kgfm de torque, bem abaixo do V10 original.
Para colocar o motor K20C na posição traseira central, onde ficava o V10, a equipe projetou um suporte customizado que conecta o motor de quatro cilindros à transmissão sequencial de seis marchas Xtrac do Huracán.
Modificações adicionais incluem um turbo maior do que o padrão do Civic Type R, trilho de combustível customizado, entradas de ar de fibra de carbono e outros ajustes, garantindo um equilíbrio entre desempenho e durabilidade.
Para se manter competitivo, o “Lambonda” recebeu melhorias aerodinâmicas significativas. Entre elas, um grande aerofólio montado por pescoços de cisne, um difusor traseiro de fibra de carbono mais agressivo e um novo splitter frontal.
Apesar de não alcançar a velocidade de um Huracán com motor V10, essas mudanças devem ajudar o carro a competir de igual para igual com modelos como o Honda NSX e o Toyota Supra, que são os favoritos da categoria.
Embora o carro ainda esteja em desenvolvimento e não tenha conseguido participar do evento de 2024, o objetivo da PSC Motorsport é usá-lo na edição de 2025 da corrida de resistência.
A ousadia da equipe já está gerando burburinho no mundo das corridas, com fãs divididos entre admiração pela inovação e críticas pela “sacrilégio” automotivo.
Seja chamado de “Hondaghini” ou “Lambonda,” essa máquina híbrida é uma prova de que criatividade e engenharia continuam a desafiar os limites no automobilismo.
Resta saber se o desempenho na pista corresponderá à ousadia do projeto.
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