O Honda City é o representante “de entrada” da montadora japonesa, com a versão Hatch sendo sucessora do Fit, pelo menos a ideia era essa.
Na minha visão, a versão 2025 conquistou a posição de hatch pequeno com melhor visual do mercado.
Avaliamos uma unidade Touring na concessionária e trouxemos os detalhes para você.
Partindo de R$ 141.400,00, a versão de topo vem de série com:
Rodas de liga 16”, 6 airbags, alerta de pressão dos pneus, câmera de ré multivisão, ABS com EBD, assistente de frenagem de emergência, assistente para redução de ponto cego, controle de tração e estabilidade, “Honda Sensing” (piloto automático adaptativo, ajuste automático dos faróis, frenagem autônoma, sistema de permanência de faixa), sistema para mitigação de evasão de pista, DRL, faróis e Lanternas em LED, rebatimento elétrico dos retrovisores, acendimento automático de faróis, chave presencial com destravamento de portas por aproximação, 8 alto-falantes, ar-condicionado digital, volante multifuncional, Multimídia de 8” com Android Auto e Apple CarPlay, cluster digital de 7”, bancos em couro, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros e mais.
Motor segue sem turbo (e um pouco lento)
O motor de alumínio 1.5 litros, 16V, com sistema i-VTEC, rende 15,8 kgfm de torque no etanol e 126 cv, sempre acoplado ao câmbio automático tipo CVT.
São ótimos números para um propulsor sem turbo e de baixa cilindrada, mas numa versão de topo é pouco, infelizmente.
O conjunto leva o modelo de 0 a 100 km/h em cerca de 10,7s, com velocidade máxima de 186 km/h.
O Polo Highline, que parte de R$ 122.790,00, faz o 0 a 100 km/h em cerca de 10,5s e tem velocidade máxima de 192 km/h.
Onix RS, também bem mais barato, tem desempenho similar.
O Yaris tem desempenho inferior, com 0 a 100 km/h na casa dos 11,8s, e a velocidade máxima de 182 km/h.
O Peugeot 208 Griffe Turbo, partindo de R$ 116.490,00, tem o 0 a 100 km/h em 9s e velocidade máxima de 206 km/h.
No quesito consumo, o City faz no álcool 9,1 km/l na cidade e 10,5 km/l na rodovia, na gasolina são 13,3 km/l na cidade e 14,8 km/l na rodovia.
O Polo no álcool faz 8,5 km/l na cidade e 10,4 km/l na rodovia, na gasolina, são 12,3 km/l na cidade e 14,6 km/l na rodovia.
O Yaris faz, no álcool, 8,9 km/l na cidade e 10,0 km/l na rodovia, na gasolina, são 12,2 km/l na cidade e 13,8 km/l na rodovia.
O 208 Turbo faz, no álcool, 8,8 km/l na cidade e 10,0 km/l na rodovia, na gasolina, são 12,5 km/l na cidade e 14,1 km/l na rodovia.
Melhor design da categoria, ainda mais em 2025
O City Hatch já brigava pelo melhor design dentre os hatches pequenos, e finalmente conseguiu, com melhorias sutis, como a grade dianteira, que era seu grande defeito.
Falando nela, agora, visto de frente, o City tem uma grade maior, mais vazada e que não tem mais aquele friso enorme, cromado (e feio) que recobria metade da grade.
O friso cromado recebeu acabamento em preto brilhante e, agora, a dianteira tem um visual mais limpo, arrojado e moderno.
Os faróis seguem o mesmo formato e estilo, com LEDs enfileirados, DRL e fundo preto.
Os faróis de neblina têm um formato simples e ficam abrigados em um acabamento em plástico preto fosco. Diria que eles podem ser o próximo ponto de melhoria do modelo.
Na lateral, toda a lataria é pintada na cor do veículo, não entrando na onda dos para-lamas e saias com acabamento em plástico preto, outro acerto da Honda.
As rodas de aro 16” são bonitas e funcionais, porém o carro casaria melhor com rodas 17”, pelo menos do ponto de vista estético, se tratando de uma versão de topo.
Um vinco marcado percorre toda a extensão da lataria, ligando o farol às lanternas.
No teto, a antena tipo “shark” é moderna.
Na traseira, as lanternas se mantêm, casam bem com o conjunto, com desenho moderno.
A porção inferior do para-choque tem um acabamento em preto fosco, mas nada exagerado.
Nas extremidades do para-choque estão abrigados os refletores.
Interior segue ótimo
Por dentro, o City é simples e caprichado, com apliques de couro e plástico com toque suave.
Desde as forrações de porta, que seguem o padrão descrito acima, e possuem costuras claras no couro.
Os bancos de couro prezam pelo conforto, mas não pecam em visual, são bonitos, com costuras profundas em alguns pontos, mas essencialmente lisos.
O volante é conservador e totalmente redondo, sem a base reta, possui botões multifuncionais, aro recoberto por couro e costuras claras, com raios em preto brilhante.
O cluster é misto, parte digital, parte analógico, o mesmo já utilizado em outros modelos e versões da montadora.
Apesar de não ser feio, traz um saudosismo de carros do passado da montadora, que tinham o conjunto com muito mais personalidade.
O painel é bonito, sem grandes novidades, recebe acabamento em couro com costuras claras, além de trechos com plástico preto brilhante.
Os comandos do ar-condicionado são bem-acabados, ficam abrigados em um conjunto logo abaixo da multimídia.
A central é encaixada no painel, porém é levemente destacada, quebrando um pouco a fluidez.
Perto de muitas outras aplicadas no mercado, cumpre bem sua função, além de harmonizar relativamente bem com o painel, perde, entretanto, para o conceito aplicado em veículos da VW, por exemplo, como o Nivus.
O console central tem acabamento bom, com aplicação de plástico preto brilhante em alguns trechos, além de couro.
O carregador de celular por indução e o freio de estacionamento eletrônico ganham destaque no conjunto.
A manopla de câmbio é simples, sem firulas.
Na segunda fileira, o acabamento se mantém de qualidade, contando inclusive com apoio de braço central e porta copos.
O espaço para as pernas é bom e as saídas traseiras de ar-condicionado garantem um conforto extra.
O porta-malas também não deixa a desejar.
Vende pouco
O City continua nichado e vendendo pouco, comparado a seus rivais.
Emplacou, em 2024, até novembro, apenas 13.806 unidades, à frente apenas do Ora 03 e do Sandero, na categoria.
Perde para Dolphin, 208, C3, Yaris, Argo, HB20, Onix e Polo, os últimos podemos relevar pois são mais básicos e baratos.
No mês de novembro, vendeu melhor, foram 1.666 unidades, mais que Ora, Dolphin, 208, Sandero e quase igual ao C3.
As atualizações visuais do modelo podem melhorar seu desempenho, porém a falta de motor turbo e o preço um pouco elevado provavelmente não farão com que seja competitivo para o Top 4 da categoria.
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