Impressões do Honda City hatch: Resolveu os pontos fracos do 2024, com visual acertado e interior de qualidade, só faltou melhorar o motor

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O Honda City é o representante “de entrada” da montadora japonesa, com a versão Hatch sendo sucessora do Fit, pelo menos a ideia era essa.

Na minha visão, a versão 2025 conquistou a posição de hatch pequeno com melhor visual do mercado.

Avaliamos uma unidade Touring na concessionária e trouxemos os detalhes para você.

Partindo de R$ 141.400,00, a versão de topo vem de série com:

Rodas de liga 16”, 6 airbags, alerta de pressão dos pneus , câmera de ré multivisão, ABS com EBD, assistente de frenagem de emergência, assistente para redução de ponto cego, controle de tração e estabilidade, “Honda Sensing” (piloto automático adaptativo, ajuste automático dos faróis, frenagem autônoma, sistema de permanência de faixa), sistema para mitigação de evasão de pista, DRL, faróis e Lanternas em LED, rebatimento elétrico dos retrovisores, acendimento automático de faróis, chave presencial com destravamento de portas por aproximação, 8 alto-falantes, ar-condicionado digital, volante multifuncional, Multimídia de 8” com Android Auto e Apple CarPlay, cluster digital de 7”, bancos em couro, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros e mais.

Motor segue sem turbo (e um pouco lento)

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O motor de alumínio 1.5 litros, 16V, com sistema i-VTEC, rende 15,8 kgfm de torque no etanol e 126 cv, sempre acoplado ao câmbio automático tipo CVT.

São ótimos números para um propulsor sem turbo e de baixa cilindrada, mas numa versão de topo é pouco, infelizmente.

O conjunto leva o modelo de 0 a 100 km/h em cerca de 10,7s, com velocidade máxima de 186 km/h.

O Polo Highline, que parte de R$ 122.790,00, faz o 0 a 100 km/h em cerca de 10,5s e tem velocidade máxima de 192 km/h.

Onix RS, também bem mais barato, tem desempenho similar.

O Yaris tem desempenho inferior, com 0 a 100 km/h na casa dos 11,8s, e a velocidade máxima de 182 km/h.

O Peugeot 208 Griffe Turbo, partindo de R$ 116.490,00, tem o 0 a 100 km/h em 9s e velocidade máxima de 206 km/h.

No quesito consumo, o City faz no álcool 9,1 km/l na cidade e 10,5 km/l na rodovia, na gasolina são 13,3 km/l na cidade e 14,8 km/l na rodovia.

O Polo no álcool faz 8,5 km/l na cidade e 10,4 km/l na rodovia, na gasolina, são 12,3 km/l na cidade e 14,6 km/l na rodovia.

O Yaris faz, no álcool, 8,9 km/l na cidade e 10,0 km/l na rodovia, na gasolina, são 12,2 km/l na cidade e 13,8 km/l na rodovia.

O 208 Turbo faz, no álcool, 8,8 km/l na cidade e 10,0 km/l na rodovia, na gasolina, são 12,5 km/l na cidade e 14,1 km/l na rodovia.

Melhor design da categoria, ainda mais em 2025

O City Hatch já brigava pelo melhor design dentre os hatches pequenos, e finalmente conseguiu, com melhorias sutis, como a grade dianteira, que era seu grande defeito.

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Falando nela, agora, visto de frente, o City tem uma grade maior, mais vazada e que não tem mais aquele friso enorme, cromado (e feio) que recobria metade da grade.

O friso cromado recebeu acabamento em preto brilhante e, agora, a dianteira tem um visual mais limpo, arrojado e moderno.

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Os faróis seguem o mesmo formato e estilo, com LEDs enfileirados, DRL e fundo preto.

Os faróis de neblina têm um formato simples e ficam abrigados em um acabamento em plástico preto fosco. Diria que eles podem ser o próximo ponto de melhoria do modelo.

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Na lateral, toda a lataria é pintada na cor do veículo, não entrando na onda dos para-lamas e saias com acabamento em plástico preto, outro acerto da Honda.

As rodas de aro 16” são bonitas e funcionais, porém o carro casaria melhor com rodas 17”, pelo menos do ponto de vista estético, se tratando de uma versão de topo.

Um vinco marcado percorre toda a extensão da lataria, ligando o farol às lanternas.

No teto, a antena tipo “shark” é moderna.

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Na traseira, as lanternas se mantêm, casam bem com o conjunto, com desenho moderno.

A porção inferior do para-choque tem um acabamento em preto fosco, mas nada exagerado.

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Nas extremidades do para-choque estão abrigados os refletores.

Interior segue ótimo

Por dentro, o City é simples e caprichado, com apliques de couro e plástico com toque suave.

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Desde as forrações de porta, que seguem o padrão descrito acima, e possuem costuras claras no couro.

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Os bancos de couro prezam pelo conforto, mas não pecam em visual, são bonitos, com costuras profundas em alguns pontos, mas essencialmente lisos.

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O volante é conservador e totalmente redondo, sem a base reta, possui botões multifuncionais, aro recoberto por couro e costuras claras, com raios em preto brilhante.

O cluster é misto, parte digital, parte analógico, o mesmo já utilizado em outros modelos e versões da montadora.

Apesar de não ser feio, traz um saudosismo de carros do passado da montadora, que tinham o conjunto com muito mais personalidade.

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O painel é bonito, sem grandes novidades, recebe acabamento em couro com costuras claras, além de trechos com plástico preto brilhante.

Os comandos do ar-condicionado são bem-acabados, ficam abrigados em um conjunto logo abaixo da multimídia.

A central é encaixada no painel, porém é levemente destacada, quebrando um pouco a fluidez.

Perto de muitas outras aplicadas no mercado, cumpre bem sua função, além de harmonizar relativamente bem com o painel, perde, entretanto, para o conceito aplicado em veículos da VW, por exemplo, como o Nivus.

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O console central tem acabamento bom, com aplicação de plástico preto brilhante em alguns trechos, além de couro.

O carregador de celular por indução e o freio de estacionamento eletrônico ganham destaque no conjunto.

A manopla de câmbio é simples, sem firulas.

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Na segunda fileira, o acabamento se mantém de qualidade, contando inclusive com apoio de braço central e porta copos.

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O espaço para as pernas é bom e as saídas traseiras de ar-condicionado garantem um conforto extra.

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O porta-malas também não deixa a desejar.

Vende pouco

O City continua nichado e vendendo pouco, comparado a seus rivais.

Emplacou, em 2024, até novembro, apenas 13.806 unidades, à frente apenas do Ora 03 e do Sandero, na categoria.

Perde para Dolphin, 208, C3, Yaris, Argo, HB20, Onix e Polo, os últimos podemos relevar pois são mais básicos e baratos.

No mês de novembro, vendeu melhor, foram 1.666 unidades, mais que Ora, Dolphin, 208, Sandero e quase igual ao C3.

As atualizações visuais do modelo podem melhorar seu desempenho, porém a falta de motor turbo e o preço um pouco elevado provavelmente não farão com que seja competitivo para o Top 4 da categoria.

 

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Autor: Luca Magnani

Engenheiro mecânico na indústria automotiva, pós graduado pela Universidade da Indústria do Paraná em Engenharia de veículos elétricos e híbridos.