Em meio à queda nas vendas no maior mercado automotivo do mundo, a Hyundai Motor Co. e a BAIC Motor Corp. anunciaram um investimento de US$ 1,1 bilhão na Beijing Hyundai Motor Co., sua joint venture na China.
Cada uma das empresas contribuirá com cerca de US$ 548 milhões, conforme informado em um comunicado à bolsa de Hong Kong.
O objetivo principal é estabilizar o capital da unidade a curto prazo e fomentar a transição para veículos elétricos (EVs), além de aumentar as exportações em longo prazo.
Segundo a BAIC, a joint venture planeja lançar produtos mais alinhados às preferências dos consumidores chineses e ampliar sua presença em mercados internacionais.
Entretanto, o cenário é desafiador. Hyundai e Kia enfrentam uma queda acentuada nas vendas na China, causada pela rápida ascensão de fabricantes locais como a BYD e pela transição acelerada do mercado para EVs.
Até outubro deste ano, a Beijing Hyundai vendeu apenas 137.300 veículos, uma queda de 41% em comparação ao mesmo período de 2023, segundo dados do portal chinês Gasgoo.
Além disso, a decisão de usar a China como base de exportação levanta dúvidas, dado o aumento das tensões comerciais entre Pequim, União Europeia e Estados Unidos.
Apesar dos esforços para revitalizar operações, a Hyundai tem fechado fábricas no país, como a planta de Chongqing, vendida no início deste ano por metade do preço original.
Os desafios financeiros da joint venture também são evidentes. A Beijing Hyundai registrou um prejuízo de 2,6 bilhões de yuans (US$ 358 milhões) nos nove meses encerrados em setembro e uma perda de 5,4 bilhões de yuans em 2022.
Além disso, o valor total de seus ativos caiu de 35,5 bilhões de yuans no final de 2022 para 21,9 bilhões de yuans em setembro deste ano.
O investimento massivo reflete a tentativa de reposicionar a marca em um mercado cada vez mais competitivo e dominado por fabricantes locais.
Quer receber todas as nossas notícias em tempo real?
Acesse nossos exclusivos: Canal do Whatsapp e Canal do Telegram!