GWM assina contratos com fornecedores e prepara aumento do quadro de funcionários em Iracemápolis, visando início das operações no Brasil

Cautelosa, a GWM continua seus movimentos sutis em busca de se firmar como mais uma das montadoras chinesas que buscam consolidar sua presença no mercado automotivo brasileiro.

A poucos meses da meta de empregar 500 pessoas, a empresa já tem 100 funcionários em Iracemápolis, mas segundo Ricardo Bastos, Diretor de Assuntos Institucionais da GWM, o plano é alcançar 800 trabalhadores até o fim do ano.

Além disso, a GWM assinou 40 contratos de confiabilidade com fornecedores interessados em atender às demandas da nova montadora do interior paulista.

Os contratos foram assinados por uma reunião com 183 empresas do setor de autopeças realizada pelo Sindipeças, que contribui para que a GWM seja atendida no que precisar para iniciar a produção local.

Bastos comentou ao Auto Indústria: “Com a inauguração da fábrica em maio, começamos a produzir alguns protótipos e também unidades para test-drive”.

O executivo continuou: “Serão necessários de dois a três meses para efetivamente começar a produção em série, visando ao abastecimento efetivo da rede de concessionários”.

Com objetivo de produzir 10.000 carros em 2025, a GWM não irá apostar em um sistema CKD, optando por trazer peça por peça para montagem final e assim se espera chegar a 40.000 carros em 2026.

Ricardo Bastos explicou: “Ao invés de trazer o sistema, vamos trazer amortecedor, molas, etc. Isso vai facilitar os investimentos em conteúdo local”.

A GWM pretende ainda dar preferência para trabalhadores da região de Iracemápolis, que fica no centro do Estado de São Paulo.

Já em relação aos processos industriais dentro da antiga planta da Mercedes-Benz, a GWM teve que trazer todo novo para compor sua linha de produção local.

Bastos disse: “A parte de pintura, por exemplo, já está toda pronta, assim como outras áreas de produção. Ainda estamos recebendo maquinário de fora, mas até março estará tudo aqui. Por causa do Mover, tivenos de esperar a homologação para usufruir de benefícios”.