A Comissão de Igualdade de Oportunidades de Emprego dos EUA (EEOC) processou duas grandes montadoras na sexta-feira, acusando a General Motors (GM) e o Sindicato dos Trabalhadores Automotivos (UAW) de discriminação por idade, além de alegar que a Stellantis, por meio de sua unidade FCA US, tolerou assédio sexual contra funcionárias.
No caso da GM e do UAW, a EEOC alega que desde outubro de 2019 foi mantida uma política de benefícios por doença e acidente que reduz os pagamentos para trabalhadores mais velhos que recebem benefícios da Previdência Social.
Essa política, incluída em acordos coletivos e abrangendo pelo menos 50 instalações da GM em todo o país, foi considerada discriminatória contra funcionários com 66 anos ou mais, violando a Lei de Discriminação por Idade no Emprego.
Já contra a unidade FCA US da Stellantis, a comissão acusa a empresa de ignorar assédio sexual generalizado contra funcionárias em uma fábrica de montagem em Detroit desde dezembro de 2020. Segundo a EEOC, as alegações incluem toques inapropriados e comentários sexualmente carregados.
Além disso, o suposto fracasso da empresa em disciplinar supervisores e colegas acusados de assédio teria criado um ambiente de trabalho hostil, em violação ao Título VII da Lei dos Direitos Civis de 1964.
Enquanto a GM afirmou não ter revisado a denúncia e não forneceu comentários imediatos, a FCA e o UAW também não responderam às solicitações de declaração.
A ação contra a GM e o UAW busca recuperar os benefícios que os trabalhadores com 66 anos ou mais deveriam ter recebido.
No caso da FCA, o processo pede indenizações compensatórias e punitivas para as funcionárias afetadas na planta de Detroit. Ambos os processos incluem pedidos de medidas permanentes para impedir novas práticas ilegais.
A denúncia contra a GM e o UAW foi apresentada no tribunal federal de New Albany, Indiana, enquanto o processo contra a FCA foi arquivado em Detroit.
Esses processos fazem parte de uma série de ações de fiscalização realizadas por várias agências federais nos últimos dias do governo Biden. Resta saber como as prioridades de fiscalização da EEOC poderão mudar com a posse do presidente eleito Donald Trump.
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