
O governo federal anunciou nesta segunda-feira, após a realização de testes técnicos, a viabilidade do aumento dos atuais 27% para 30% no percentual de etanol anidro na gasolina comum.
Para entrar em vigor, a medida precisa ser aprovada pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética).
Em caso de aprovação, a expectativa da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de aumentar o teor do etanol ainda em 2025, seja de forma imediata ou gradualmente.
Segundo o ministro Alexandre Silveira, da pasta de Minas e Energia, a iniciativa tornará o Brasil autossuficiente na produção de gasolina, além de reduzir o preço do combustível ao consumidor final.
Mas fica a dúvida: como a adição de mais etanol na gasolina irá afetar o consumo e a manutenção dos veículos?
Vale destacar que o aumento no percentual integra a Lei do Combustível do Futuro, sancionada por Lula em outubro de 2024, que prevê elevar o teor do etanol anidro até o teto de 35% a médio prazo.
Sempre que se fala na alteração do teor de álcool na gasolina, vêm outras perguntas à cabeça do consumidor: nossos carros estão preparados para essa mistura? O combustível ficará mais barato? A gasolina passará a render menos no tanque?
Para a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), que ajudou a patrocinar os testes da chamada gasolina E30 (com 30% de etanol), não haverá nenhuma ressalva relacionada a carros flex.
“Não vemos problemas para os veículos flex, que já são projetados para qualquer mistura de gasolina e etanol”, disse a Anfavea ao site UOL.
Sobre carros somente abastecidos com gasolina, a mudança levou a Anfavea a recomendar que esses modelos de testes fossem abastecidos somente com gasolina premium até que novos estudos fossem concluídos.
No fim das contas, descobriu-se que a nova mistura não causava danos aos motores 100% gasolina. Bom, agora é esperar para ver…

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