Guerra de preços. Eletrificação em massa. Carros elétricos com alta tecnologia. Marcas chinesas dispostas a tudo para sobreviver. Consumidores locais prontos para mudar de marca. É nesse ambiente que a GM está batalhando na China.
Com anúncio recente de perda de US$ 5 bilhões em seu mercado mais importante, após os EUA, a General Motors é mais uma montadora estrangeira na terra do dragão, que está em espiral descendente diante da forte concorrência local.
Num mercado onde se faz de tudo para atrair o consumidor, cada vez mais seletivo, a GM viu um enorme declínio nas vendas, por conta da busca do consumidor por carros elétricos e híbridos, mas não qualquer deles.
Vendo um fluxo crescente de carros elétricos altamente conectados e de híbridos adeptos de hypermiling, a GM não teve uma resposta adequada às mudanças e por isso sofreu, mesmo tendo modelos a bateria e híbridos.
Pressão de marcas como BYD e Geely, além da presença sempre forte da Tesla em qualquer coisa, mesmo que não em volumes, a General Motors relatou perdas de US$ 347 milhões com sua sócia SAIC apenas nos nove primeiros meses do ano.
Mesmo com Wuling e Baojun, as vendas caíram 20% enquanto o mercado chinês desceu 6,8%. Para reagir, a GM assumirá um custo de reestruturação de US$ 2,7 bilhões, além de uma perda de investimento futuro de até US$ 2,9 bilhões.
Para a GM, perder na China é um duro golpe, embora ela não seja a responsável por sua maior lucratividade que, em outubro, era projetada em até US$ 11,1 bilhões, com a maior parte dos lucros vindos dos EUA.
A GM já saiu de vários mercados, inclusive da Europa, mas pensar na montadora fora da China é algo realmente preocupante.
Por ora, não há nenhum sinal disso, com a empresa sendo mais sólida lá que aqui no Brasil, onde já ameaçou debandar, como a Ford fez em 2021. Lá, fica a questão: existe saída para a montadora americana?
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