GM: desafio de agradar e desagradar o próximo governo dos EUA; maior produtora de picapes também tem muitos elétricos por lá

gmc sierra denali ev 3
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O próximo governo americano, liderado por Donald Trump, está chegando em janeiro e com ele mudanças importantes no cenário automotivo dos EUA, especialmente com relação aos carros elétricos.

Nesse contexto, a General Motors aparece nos dois lados da moeda que Trump rolará entre os dedos. De um lado, o que ele mais quer. Do outro, o que o futuro chefe do executivo quer ver de longe.

A GM, como maior produtora de picapes dos EUA, apoiada firmemente nas marcas Chevrolet e GMC, tem aquilo que Trump quer ver mais nas ruas, assim como muitos SUVs. Hoje, as picapes e os SUVs tem 40% das vendas nos EUA.

Nesse caso, a produção americana não está em risco, pelo contrário, o próximo presidente encontrará um parque local com operação em plena carga. Quanto a isso, a GM pode ficar tranquila diante do líder nacional.

Todavia, além de ser a maior produtora de picapes e uma das que mais têm SUVs na grade, a GM também é a que tem mais carros elétricos entre as Big Three. São 10 modelos da GMC, Chevrolet e Cadillac.

Parte deles, a essencialmente mais barata, é feita no México, com uma linha de comerciais também sendo executada no Canadá. Trump, no entanto, quer sobretaxar os carros importados desses países da América do Norte, com alíquota de 25% ante a atual de 10%.

Para a GM, isso é um problema enorme, já que produtos como o Equinox EV, que hoje parte de US$ 35.000, seriam grandemente afetados. Desistir de carros elétricos após bilhões de dólares investidos é simplesmente loucura e também um péssimo recado aos clientes.

A GM já tem investimentos reservados até 2035 e não pode simplesmente fazê-los desaparecer sem quebrar e gerar milhares de desempregados dentro e fora dos states. Assim, a GM terá de ter jogo de cintura para equilibrar essa moeda.

Um dos pontos que podem ser considerados é aumentar as margens de picapes e SUVs americanos para compensar a tributação maior de elétricos importados, de modo a atender a todos os clientes.

Dividir a empresa em duas GM’s, como na época da falência, não adiantará nada, uma vez que a elétrica continuaria a depender do mercado americano.

 

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X