Os chineses estão chegando e de várias formas, uma delas será por meio de uma sociedade na operação brasileira, algo inédito por aqui. Quem? A Geely por meio da Renault, no Paraná.
Segundo a revista Autoesporte, nos próximos dias a chinesa Geely deve anunciar sua estratégia comercial (e industrial) no Brasil e isso envolverá a Renault do Brasil.
Seguindo um modelo de joint venture existente na Coreia do Sul, onde a Geely tem 34% da Renault Samsung Motors, aqui a montadora chinesa também deve virar sócia da filial da francesa.
Estabelecida no Paraná, a Renault tem fábrica em São José dos Pinhais, no chamado Complexo Ayrton Senna, onde fica também a fábrica de motores da Horse, empresa criada pela francesa com a citada chinesa.
Com uma planta com capacidade para produzir 380 mil carros por ano, a fábrica paranaense da Renault agora tem mais espaço com o fim da família Logan.
Conforme a publicação diz, o acordo continua em negociação entre as partes e, caso seja realmente aprovado, será divulgado rapidamente.
O motivo é que a planta da Renault não está adaptada para a produção de carros eletrificados e isso exigirá um grande investimento da Geely na unidade do sul.
Ainda que não seja o mesmo modelo da Stellantis, que converterá a Leapmotor em sua sexta marca no país, bem como da GM que venderá carros da Baojun e Wuling sob a Chevrolet, a Renault se beneficiará em termos industriais.
Não há planos conhecidos para nacionalização do Kwid E-Tech, por exemplo, com a aposta nos híbridos leves sendo a pauta do dia na Renault.
Com a Geely, o Complexo Ayrton Senna verá mais uma marca diferente feita em suas dependências, já que a planta produziu carros, picapes e SUVs da Nissan no passado.
Para a Renault, então, não será estranho ver uma linha de produção de outra marca, sendo que nesse caso, apenas a Geely e os produtos sob sua bandeira seriam feitos no Paraná.
Zeekr e Riddara estão com importadores, enquanto a Volvo deve continuar sua importação de veículos de luxo.
Entre os muitos modelos da Geely, o Galaxy E5 é o principal candidato, pois já foi visto em testes no país.
Com esta estratégia, a Geely definitivamente chegará às garagens do país regularmente, já que a primeira tentativa com o Grupo Gandini foi um fracasso.
Agora só faltam Volkswagen, Hyundai, Toyota e Honda tomarem posição com mais carros elétricos chineses no mercado nacional…
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