Era para ser a solução de um antigo problema, a cobrança injusta da tarifa de pedágio nas estradas brasileiras. O sistema de cobrança eletrônica, conhecido como “Free Flow” passou a ser adotado no país para permitir ao usuário pagar apenas pelo trecho rodado.
Infelizmente, o processo de cobrança e pagamento acabou gerando um enorme problema, um volume exorbitante de multas por evasão de pedágio que, em 2024, chegou a 845 mil infrações.
Detalhe: esse número acima é apenas no trecho da BR-101 entre as cidades de Paraty e Itaguaí, no litoral sul do Estado do Rio de Janeiro, segundo dados obtidos pelo jornal Estadão.
O pedágio eletrônico da rodovia Rio-Santos, no trecho fluminense, acumula cinco vezes mais autuações por evasão de pedágio que todas as rodovias federais pedagiadas com cancelas em cinco anos… Elas acumularam 87 mil infrações.
Isso mostra que a implantação desse sistema no Brasil ainda enfrentará muitos desafios, com os dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), revelando a enorme discrepância entre o velho e o novo sistema de cobrança.
Diante do problema, abriu-se uma consulta pública após audiência realizada no dia 9 de janeiro na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), de modo a tratar da regulamentação do pedágio eletrônico em estradas federais.
Até o dia 24 de janeiro, o cidadão poderá contribuir para a nova resolução que regulamentará o pedágio eletrônico no país. Casos de motoristas que não entendem como funciona o pagamento ou que não conseguem pagar se acumulam.
A quantidade é tão grande que a Câmara dos Deputados aprovou uma emenda que suspende a multa por evasão de pedágio por 12 meses em pedágio eletrônico, de modo a dar tempo para os motoristas pagarem as tarifas devidas.
Depois disso, em caso de não pagamento, a multa retorna ao prontuário do motorista. O acúmulo de multas pode levar até à suspensão do direito de dirigir. Soluções? Defende-se desde a introdução de tags até revisão no método de pagamento.
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