
Mais de quatro anos após seu lançamento, as vendas do SUV elétrico Ford Mustang Mach-E nos Estados Unidos cresceram impressionantes 61,9% nos dois primeiros meses de 2025 em comparação com o mesmo período do ano passado.
Entre janeiro e fevereiro deste ano, a Ford vendeu 6.841 unidades do Mach-E, contra 4.225 no mesmo período de 2024. O maior salto aconteceu em janeiro, enquanto fevereiro registrou um crescimento de 13%, com 3.312 unidades comercializadas.
O aumento nas vendas do Mach-E pode ser atribuído a vários fatores, como a falta de interesse do público pelo Volkswagen ID.4 e o cenário confuso da Tesla com o Model Y, que enfrenta a expectativa de uma reestilização iminente e a crescente rejeição a Elon Musk.
No entanto, o crescimento do Mach-E é notável por si só, especialmente considerando que, seguindo a lógica da indústria automotiva, ele já deveria ter recebido um facelift para evitar a queda nas vendas.

Enquanto o Mach-E avança, o Mustang tradicional não está tendo a mesma sorte. Suas vendas caíram 34,2% nos dois primeiros meses de 2025, passando de 7.886 unidades no início de 2024 para apenas 5.191 neste ano.
Isso é especialmente preocupante, já que a nova geração S650 do Mustang chegou ao mercado em 2024 e, com a saída do Chevrolet Camaro e do Dodge Challenger, deveria estar dominando seu segmento sem grandes concorrentes diretos.
O curioso é que o Mustang não perdeu qualidade. Ele ainda recebe ótimas avaliações e continua sendo uma das melhores opções na sua faixa de preço. No entanto, a realidade é que os consumidores estão cada vez mais voltados para SUVs, e isso se reflete nas vendas.

Mesmo com o sucesso do Mach-E, a Ford viu sua linha de SUVs apresentar uma queda de 21,5%, totalizando 108.011 unidades vendidas. O Mach-E e o Bronco, que teve um aumento de 21% nas vendas, foram os únicos modelos da marca que conseguiram crescer no segmento.
Por outro lado, a divisão de picapes da Ford teve um desempenho mais sólido, registrando um aumento de 5,6% nas entregas, chegando a 175.193 unidades comercializadas.
No entanto, a marca Ford como um todo viu suas vendas caírem 7,4%, totalizando 288.395 veículos vendidos nos primeiros dois meses do ano.

Já a Lincoln, divisão de luxo da Ford, teve um desempenho ainda pior, com uma queda de 14,6% e apenas 13.224 unidades comercializadas no período.
Embora o Mustang tradicional ainda tenha uma legião de fãs, os números indicam que ele pode não chegar ao seu 70º aniversário sem uma reformulação significativa.
O mercado está migrando para SUVs, e a Ford já percebeu isso com o sucesso do Mach-E.

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