A escolha da cor do carro é quase tão importante quanto o modelo em si, e as preferências variam bastante ao redor do mundo, influenciadas por fatores culturais, tendências de mercado e gosto pessoal.
Cores vibrantes e personalizadas, como o exclusivo Celestial Jade do Porsche Taycan, permitem que os motoristas expressem sua individualidade.
No entanto, o novo relatório de cores da BASF para 2024 revela que as tonalidades mais tradicionais continuam dominando, embora com algumas mudanças interessantes tanto globalmente quanto na América.
O estudo aponta que, embora as cores acromáticas – como branco, preto, cinza e prata – ainda sejam as mais populares, seu domínio está diminuindo à medida que tons mais vibrantes começam a ganhar espaço.
Cores mais quentes, como amarelo e bege, estão em ascensão, conquistando consumidores que buscam opções contemporâneas e diferenciadas. Mesmo assim, o cinza vem se destacando como a cor preferida do ano, crescendo em popularidade em todas as regiões analisadas.
Na América do Norte e do Sul, o cinza avançou de forma expressiva, aumentando sua participação em 10% e chegando a representar 20% dos veículos no mercado.
O branco ainda lidera, com 29% de participação, mas sua popularidade caiu 5 pontos percentuais em relação ao ano anterior. O preto também perdeu espaço, caindo 2%, igualando-se ao cinza. Já o vermelho, tradicionalmente uma cor marcante, também sofreu uma leve queda de 1%.
Infelizmente, como o relatório da BASF não mostra especificamente o Brasil, não temos dados completos sobre o nosso mercado, mas fica claro, saindo pelas ruas, que o cenário não mudou muita coisa, com a maioria das pessoas escolhendo aquelas cores que são seguras na hora da revenda.
Para Victoria Fislage, gerente sênior de design da BASF Coatings, o cinza se tornou um equilíbrio perfeito entre sofisticação e versatilidade, o que explica seu crescimento.
“O cinza está redefinindo o estilo automotivo, ganhando popularidade por sua sofisticação versátil, enquanto as preferências começam a se afastar do branco e do preto tradicionais”, afirmou.
A tendência não se limita às Américas. Globalmente, o branco segue como a cor mais comum, representando 34% do mercado, mas com uma queda de 2% na participação.
Por outro lado, o preto cresceu e agora responde por 22% dos carros vendidos, enquanto o cinza também segue em alta, com 17% do mercado.
Cores mais vibrantes, como amarelo e verde, estão começando a conquistar espaço, especialmente na Europa, Oriente Médio e Ásia-Pacífico.
Na região EMEA (Europa, Oriente Médio e África), as cores neutras e quentes, como bege, vêm crescendo. Mesmo assim, a preferência por tons acromáticos continua forte, subindo de 72% em 2021 para quase 80% em 2024.
O cinza e o branco seguem firmes no topo, mantendo sua posição consolidada no mercado. Já na Ásia-Pacífico, os tons acromáticos dominam ainda mais, representando 83% das escolhas dos consumidores.
No entanto, essa região se destaca por ter uma aceitação relativamente alta do amarelo, que vem ganhando cada vez mais adeptos.
O relatório da BASF mostra que, apesar da predominância das cores tradicionais, a indústria automotiva está começando a se abrir para uma maior diversidade cromática.
Se essa tendência continuar, nos próximos anos poderemos ver um mercado mais colorido e menos previsível.
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