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No Japão, quando se fala em carros com carrocerias customizadas, a Mitsuoka é certamente a marca mais conhecida. A empresa tem décadas de experiência criando veículos modernos com design inspirado em modelos clássicos.
Algumas de suas criações são bastante interessantes, como o Buddy, que transforma um Toyota RAV4 em um SUV com traços de Chevrolet Blazer. Outras são mais controversas, como o Orochi, um esportivo de motor central que divide opiniões.
No entanto, por mais ousado que o Orochi pareça, ele se torna quase elegante ao lado do Value Progress Beast, um dos projetos mais extravagantes já feitos no Japão.
Criado pela Value Progress, marca derivada da Shiraiwa Motor S.K., o Beast não é apenas chocante pelo visual, mas também pelo que ele costumava ser. Sob toda a carroceria repleta de apêndices aerodinâmicos, há nada menos que um Lamborghini Diablo.
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Isso mesmo, o supercarro italiano de linhas limpas e elegantes foi transformado em uma verdadeira aberração estética. Pelo menos, trata-se de um exemplar único, o que pode ser um alívio para os fãs da Lamborghini.
Embora não haja informações detalhadas sobre o modelo exato do Diablo utilizado, sabe-se que o Beast mantém o motor V12 e a transmissão manual. Além da adição de uma embreagem de tripla placa, não há menção a modificações no desempenho.
Isso sugere que o carro ainda entrega algo próximo dos 485 cv e 58,6 kgfm de torque da versão original. Mas o que realmente chama atenção não está sob o capô e sim na carroceria.
O Beast é um festival de fibra de vidro, com mais abas, aberturas e aletas do que um aquário repleto de peixes exóticos. Ele também é significativamente maior, com 57 centímetros a mais de comprimento do que um Diablo comum.
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Entre os detalhes mais bizarros estão as pequenas asas montadas no teto ao lado de uma entrada de ar central, que se soma ao enorme aerofólio traseiro e ao difusor.
A Value Progress afirma que essas mudanças melhoram a aerodinâmica, mas é difícil acreditar que o foco aqui tenha sido a eficiência aerodinâmica em alta velocidade.
A dianteira do Beast merece um destaque especial, pois grande parte do aumento de comprimento aconteceu ali. O formato de cunha simples do Diablo deu lugar a entradas de ar gigantescas e uma grade desproporcional.
Os faróis escamoteáveis foram removidos e substituídos por um conjunto fixo. Curiosamente, o próprio Diablo, em suas versões finais, adotou faróis fixos emprestados do Nissan 300ZX.
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Já o Beast recorreu a outro carro japonês peculiar: o WiLL Cypha, um hatchback vendido através de uma rede de lojas que comercializava eletrônicos e outros produtos da linha WiLL no Japão.
Infelizmente, não há imagens do interior do Beast. Dado o nível de exagero no exterior, seria interessante ver se a cabine recebeu uma personalização igualmente excêntrica.
A ausência de fotos, no entanto, sugere que o interior pode ter sido pouco alterado, mantendo a identidade do Diablo original.
Apesar de sua aparência grotesca, o Beast nem sequer é o projeto mais insano já criado pela Value Progress. Em 2008, a empresa apresentou o DragStar F1, um Toyota MR-S (conhecido como MR2 Spyder nos EUA) transformado em um carro de rodas abertas com um nariz inspirado na Fórmula 1.
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Um ano depois, veio o DragStar F1 Dragon, com enormes aerofólios e uma carroceria ainda mais exagerada, mas mantendo o modesto motor 1.8 de 138 cv.
No entanto, o auge das criações mais estranhas da Value Progress foi a série Toy Box Alligator.
Baseados no Nissan March (Micra em outros mercados), esses pequenos hatchbacks passaram por transformações radicais, ganhando frentes alongadas e um sistema de direção dupla no eixo dianteiro.
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