Fiat Pulse Impetus Hybrid: Por salgados R$ 140.990, modelo tenta entrar no mundo dos híbridos, melhorando levemente o consumo

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O Pulse já é um carro relativamente consolidado no mercado, apesar de vender menos que seu irmão Fastback.

A Fiat lançou a dupla (Pulse e Fastback) híbrida, tentando entrar nesse mercado e captar os consumidores mais conservadores, com uma versão simplificada do powertrain.

Avaliamos uma unidade do Pulse Impetus Híbrido e trouxemos os detalhes para você.

Partindo de R$ 140.990,00 (apenas R$ 2.000,00 a mais que a versão Impetus sem ser Híbrida), o Pulse Impetus Hybrid vem de série com:

Frenagem autônoma de emergência, alerta de mudança involuntária de faixa, comutação automática de farol alto, controle eletrônico de tração, quatro airbags distribuídos entre frontal, tórax e cabeça, ar-condicionado automático digital, banco do motorista com regulagem de altura, bancos revestidos em couro, central multimídia com tela touchscreen de 10,1 polegadas, conectividade wireless com Apple CarPlay e Android Auto, duas portas USB, sendo uma tipo A e outra tipo C, painel digital com cluster de 7”, volante com comandos de áudio, câmera traseira em alta definição, direção elétrica, controle eletrônico de aceleração, controle eletrônico de estabilidade, sinalização de frenagem de emergência, faróis de neblina, faróis em LED, freios ABS, entrada e partida sem chave, luzes diurnas em LED, lanternas traseiras em LED, retrovisor interno eletrocrômico com sensor de chuva e crepuscular, rodas de liga leve aro 17 com acabamento diamantado, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, sistema de navegação GPS, carregador de celular por indução, monitoramento de pressão dos pneus, modo Sport e mais.

Híbrido leve melhora consumo, sem afetar performance

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A ideia da Fiat é interessante, não é possível dizer se vai vingar, mas pode aproximar os carros híbridos do grande público.

Com um investimento baixo (cerca de 2.000 reais), o consumidor pode adquirir um carro híbrido, com as mesmas características de um não híbrido.

O chamado híbrido leve nada mais é que um carro concebido para ser à combustão, que tem um (ou alguns) componentes trocados, no caso do Pulse, o Alternador e motor de partida.

Esses componentes são substituídos por um motor/gerador elétrico que, em alguns momentos, gera energia para a bateria e em outros gera movimento para o motor.

Esse sistema é simples e funcional, devido ao baixo custo, à baixa adaptação do projeto original do carro e ao bom reaproveitamento de energia.

Para se ter uma ideia, o Pulse continua gerando os mesmos 130 cv e 20,4 kgfm de força no etanol, com um 0 a 100 km/h nos mesmos 9,4s e velocidade máxima de 189 km/h.

A grande diferença vem no consumo, na versão híbrida declara fazer 9,3 km/l no etanol na cidade e 13,4 km/l na gasolina, enquanto na versão à combustão 8,4 km/l e 12,1 km/l respectivamente.

Na rodovia, os números do híbrido são 10,2 km/l no etanol e 14,4 km/l na gasolina, enquanto a versão à combustão faz 14,4 km/l na gasolina e 10,2 km/l no etanol.

Os números declarados pela montadora demonstram uma maior eficiência do híbrido apenas na cidade, enquanto na rodovia se mantêm os mesmos.

Isso faz sentido, pois a ideia do sistema híbrido leve é complementar o motor à combustão em momentos de baixa rotação, onde o motor não possui tanto torque (usualmente na cidade).

Comparando alguns rivais:

Nivus tem o 0 a 100 km/h em 9,9s e velocidade máxima de 189 km/h.

O Basalt entrega um 0 a 100 km/h na casa dos 9,2s e tem velocidade máxima de 194 km/h.

O Creta faz de 0 a 100 km/h em 11,5 s e atinge uma velocidade máxima de 180 km/h.

Kicks tem o 0 a 100 km/h feito na casa dos 11,8 segundos, com velocidade máxima de 175 km/h.

O Peugeot 2008 tem aceleração de 0 a 100 km/h feita em 10,1s, com velocidade máxima de 194 km/h.

O Tracker 1.0 turbo tem o 0 a 100 km/h em 10,9s e velocidade máxima de 177 km/h.

Fastback faz o 0 a 100 km/h em 9,4 com final de 193 km/h.

O consumo do Nivus fica na casa dos 8 km/l na cidade e 10 km/l na estrada rodando com etanol e 12 km/l na cidade e 14 km/l na estrada rodando na gasolina.

O consumo de Basalt é de 8,3 km/l na cidade e 9,6 km/l na rodovia, rodando com etanol, enquanto na gasolina faz 11,9 km/l na cidade e 13,7 km/l na rodovia.

O 2008 faz 8,6 km/l na cidade e 9,8 km/l na rodovia, com etanol, enquanto na gasolina faz 12,3 km/l e 13,7 km/l, respectivamente.

O Nissan Kicks faz com etanol 7,8 km/l na cidade e 9,5 km/l na rodovia, já na gasolina são 11,4 km/l na cidade e 13,8 km/l na rodovia.

Creta, rodando com etanol, faz 8,3 km/l na cidade e 9,1 km/l na rodovia, enquanto na gasolina são 11,9 km/l e 12,6 km/l, respectivamente.

Por fora, bom design, sem mudanças da versão não híbrida

Poucas são as diferenças da versão Impetus comum para a híbrida, além é claro do emblema na traseira que revela a motorização.

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Visto de frente, o Pulse tem um friso cromado de fora a fora em cima dos faróis, que são de LED com fundo escuro.

A grade frontal superior é preta, com linhas espaçadas entre si e o logo da Fiat cromado no centro.

Mais para baixo e nas pontas, os faróis de neblina ficam em um acabamento preto fosco com frisos cromados.

Descendo ainda mais, o para-choque é preto fosco e tem um acabamento prata na borda inferior.

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Caminhando para a lateral, as rodas de aro 17” têm boa medida e desenho, casando bem com o conjunto.

Um acabamento generoso em plástico preto contorna as caixas de roda e a lateral inferior do SUV, tentando passar um ar mais aventureiro e off-road.

O teto e as colunas A e C são pintados de cinza, trazendo um efeito interessante para o modelo.

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Na traseira, o aerofólio se destaca um pouco, devido à sua dimensão.

As lanternas são predominantemente vermelhas, com a porção inferior clara, sem grandes destaques.

Na porção inferior do para-choque, um acabamento prateado com dois acabamentos cromados emulando saídas de escapamento esportivas.

Interior bonito, sem requinte

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Já começando pelas forrações de porta, o pulse tem seu acabamento basicamente feito de plástico com detalhes em couro.

O “diferencial” fica por conta do acabamento prateado que algumas peças plásticas recebem.

Com um desenho bonito, alguns pontos de couro e plástico prateado, o conjunto é simples.

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Os bancos de couro são agradáveis e bonitos, com bom encaixe, têm um desenho conservador, sem remeter à esportividade.

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O painel é bonito, com desenho agradável, segue o mesmo padrão descrito anteriormente.

A multimídia é exageradamente grande e se destaca do conjunto, estragando um pouco o painel.

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O volante tem a base reta e a empunhadura perfurada, tem raios com acabamento prateado e botões multifuncionais.

O cluster digital agrada boa parte do mercado.

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O console central e a manopla do câmbio são bem simples.

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O interior e o teto preto “all black” são um detalhe interessante.

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No banco de trás, o acabamento cai um pouco de qualidade, em especial nas forrações de porta.

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O espaço para as pernas é bom, mas sem sobra.

Vende menos que o irmão

O Pulse emplacou, no acumulado entre janeiro e novembro de 2024, 35.114 unidades, enquanto seu irmão Fastback emplacou 43.754 unidades.

Com isso, o Pulse ficou na décima primeira posição do ranking de SUVs mais emplacados no período.

À sua frente estão Corolla Cross, Compass, HR-V, Renegade, Nivus, Kicks, Tracker, Creta e T-Cross.

O design menos atual pesa para o Pulse, sendo o Fastback mais esportivo e moderno.

 

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Autor: Luca Magnani

Engenheiro mecânico na indústria automotiva, pós graduado pela Universidade da Indústria do Paraná em Engenharia de veículos elétricos e híbridos.